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Estudantes do Chile buscam impedir votação de lei de reforma universitária
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11/04/2017 | 21:28
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Dezenas de milhares de estudantes chilenos realizaram nesta terça-feira a primeira marcha do ano contra um projeto de lei de reforma universitária defendido pelo governo. A manifestação terminou com distúrbios e confrontos entre grupos de encapuzados que a polícia reprimiu com jatos d'água e gás lacrimogêneo.

Os estudantes rechaçam a Lei de Educação Superior, pilar do programa com que a presidente Michelle Bachelet chegou ao poder em março de 2014. Embora tenham ocorrido avanços na discussão do tema, questões como a qualidade da educação, o fim do lucro e o perdão de dívidas dos estudantes com bancos seguem parados.

Na tarde desta terça-feira, uma comissão da Câmara dos Deputados se recusou a analisar o projeto, que ainda deve ser discutida pelo pleno da Casa.

A grande quantidade de gases forçou o fechamento de lojas no centro de Santiago, bem como as entradas de algumas estações do metrô. A Confederação de Estudantes do Chile, que convocou o protesto, recebeu o apoio de alunos do Ensino Médio, de dirigentes do Colégio de Professores e do movimento "No+AFP", que rechaçam o sistema atual.

Os jovens se mobilizaram pacificamente pela principal via de Santiago, mas quando ocuparam mais pistas que o autorizado foram reprimidos pelos jatos d'água e pelo gás lacrimogêneo. Como é comum no Chile, também apareceram grupos de encapuzados que lançaram pedras e outros elementos cortantes contra as forças de segurança.

Ocorreram também marchas em cidades do norte e do sul do país. Em Valparaíso, onde deveria haver sessão de uma comissão da Câmara dos Deputados para dar luz verde à discussão do projeto, a polícia reprimiu manifestantes logo após o fim da caminhada.

O governo agora tentará que o projeto seja analisado pelo pleno dos deputados. Caso seja aprovado nessa instância, voltará às comissões até que siga para o Senado.

A ministra da Educação, Adriana Delpiano, disse esperar que o pleno da Câmara aprove o projeto para seguir legislando. O governo corre o risco de ver a iniciativa fracassada, já que, caso ela seja rechaçada, não poderá ser reapresentada antes do prazo de um ano. Fonte: Associated Press.




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