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Em crise, PT volta às urnas e tende a eleger velhas lideranças

Cenário do pleito de novos presidentes municipais na região aponta manutenção da ala majoritária

Humberto Domiciano
09/04/2017 | 07:00
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Andréia Iseki 16/4/12


 Em grave crise institucional, o PT elege hoje o comando dos sete diretórios municipais no Grande ABC para os próximos dois anos. O cenário aponta para tendência de manutenção de velhas lideranças da legenda, mesmo depois do fracasso eleitoral de 2016 – o pior da história, quando, pela primeira vez, passou em branco na disputa majoritária.

Em Santo André, que deve ter a única disputa mais acirrada, existe chance de o partido sair rachado mais uma vez. O quadro mostra três candidaturas competitivas e grandes possibilidades de segundo turno, no dia 30. O ex-deputado federal Professor Luizinho conta com as adesões do ex-prefeito Carlos Grana, do parlamentar estadual Luiz Turco e do vereador Willians Bezerra. Já o pleito do sindicalista Zé Paulo Nogueira tem como apoiadores os vereadores Alemão Duarte e Bete Siraque, e os ex-vereadores João Montoro Filho, o Montorinho, Tiago Nogueira e Claudio Malatesta. O militante Fabrício França, por sua vez, angariou o suporte dos parlamentares Eduardo Leite e Luiz Alberto e tem condições de ingressar na etapa final da votação. 

Movimentações, nos bastidores, indicam que caso Luizinho se viabilize na segunda fase, as chapas de Zé Paulo e Fabricio se uniriam no processo, além do suporte dos candidatos Aylton Afonso e Ivo Martim.

Na cidade de São Bernardo, o atual presidente Brás Marinho, irmão do ex-prefeito Luiz Marinho, é favorito à reeleição. Além de contabilizar a adesão da bancada de vereadores (José Luís Ferrarezi, Tião Mateus, Ana Nice, Joilson Santos e Toninho da Lanchonete), o dirigente tem ainda auxílio dos deputados estaduais Teonílio Barba, Luiz Fernando Teixeira e Ana do Carmo.

Crítico ferrenho da atual direção em São Bernardo, o militante Anderson Dalecio corre por fora no páreo, mas com poucas alternativas para reverter o quadro. Além dele, Lidney Soares também concorre ao posto. No PT mauaense, o embate se dá entre o plano de reeleição da atual presidente, Cida Maia, e Getúlio Júnior, o Juninho. Ele amealhou a colaboração de parte do grupo do ex-prefeito Donisete Braga, neutro na disputa. Já Cida aparece com aval da ala do ex-vice-prefeito Paulo Eugenio Pereira Júnior, que desistiu de figurar a eleição interna.

Em Diadema, o ex-presidente da executiva paulista da CUT (Central Única dos Trabalhadores) Adi dos Santos é o mais cotado no pleito. O sindicalista obteve o suporte das principais lideranças, como o ex-prefeito José de Filippi Júnior e o deputado federal Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho. A ex-vereadora Irene dos Santos, que pertence à corrente Articulação de Esquerda, está no páreo.

Márcio Della Bella busca mais um mandato à frente da legenda em São Caetano. Ele não terá adversários internos e comandará a sigla, mesmo enfraquecido após ficar na sétima colocação na eleição de 2016. Em Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra há consenso em torno das candidaturas do ex-vereador Renato Foresto e José Almeida Freire, respectivamente.

Em outras esferas, o PED estadual está marcado para 7 de maio e deve eleger Luiz Marinho. A discussão nacional ocorre entre os dias 1º e 3 de junho. A senadora parananse Gleisi Hoffmann é a favorita.




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