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Será que ele é?

Nova comédia da Globo, deixa no ar a existência
do diabo; Tony Ramos e Monica Iozzi protagonizam

Miriam Gimenes
07/04/2017 | 07:00
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Divulgação


 Muitas são as alcunhas a ele atribuídas: Tinhozo, Cão Canhoto, Capeta, Demo, Satã, Capiroto, entre outros. Tratado como a representação do mal, o Diabo ronda o imaginário popular há séculos e, até por conta disso, já ‘vestiu’ várias roupas na história da teledramaturgia brasileira. E eis que a partir do dia 20, logo após A Força do Querer, ele ganha mais uma versão, na comédia Vade Retro, da Rede Globo. Ou não.

É que o texto, escrito por Alexandre Machado e Fernanda Young, deixa no ar se o personagem feito por Tony Ramos, que na história chama-se Abel Zebu, é ou não o ‘filho das trevas’. “Vocês (público) vão ficar com essa dúvida até o fim. Será algo que jamais se imagina. Nem eu realmente sei se ele é”, instigou Tony ontem, em coletiva de imprensa.

Mas Abel tem tudo para ser. Trata-se de empresário elegante, confiante, inteligente e bom de papo, que esconde alguém inescrupuloso e com instintos diabólicos (fecha a porta do elevador mesmo que tenha alguém chegando, estaciona em vaga de idosos etc). Seus negócios são de moral duvidosa, mas ele usa de seu poder de sedução para se safar dos obstáculos. “Não consegui ver outra pessoa a não ser o Tony para fazer esse papel. Seu talento sedutor, de conversa, foi essencial para dar vida ao personagem”, diz o diretor Mauro Mendonça Filho.

Abel, que faz palestras motivacionais em quase todos os 12 capítulos, é casado com Lucy Ferguson (Maria Luisa Mendonça), mãe de sua enteada Carrie (Nathália Falcão). Do ‘amor’, nasceu Damien (Enrico Baruzzi). Mas muito mais do que os seus, o empresário dá valor a um rubi que vale US$ 60 mil e tem poderes sobrenaturais.

Aí entra na história Celeste (Monica Iozzi), advogada que, quando criança, foi beijada pelo Papa João Paulo 2º e é, sem dúvidas, a inocência em pessoa. Ele pede ajuda para se separar de Lucy e ela, pouco a pouco – para desespero da mãe carola – cai na lábia de Abel. “O mais bonito na Celeste é que é muito fácil se identificar com ela. Quem nunca ficou em dúvida ao fazer algo que não sabia se era certo?”, diz Monica, que encara sua primeira protagonista.

Muito mais do que fazer rir, a ideia é mostrar que o bem e o mal andam, sim, lado a lado. E você, Tony, acredita na existência do Diabo? “Eu não, acredito em Deus. Há um ser maior. A fé habita cada um de nós”, finaliza. Pelo sim ou pelo não, a saga de Abel nem bem estreou – passará toda quinta-feira – e deve ganhar uma segunda temporada. Pelo visto, a dúvida perdurará pelos próximos meses.




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