Doria falou que é "muito cedo" para pensar em uma candidatura no ano que vem. "O mundo político está muito animado e tem muito chão ainda. E, no meu caso, ainda tenho muita poeira para comer, tenho muita coisa para fazer", afirmou o tucano, após participar de um jantar oferecido ao rei Carlos XVI Gustavo e à rainha Sílvia da Suécia no Palácio dos Bandeirantes, ao lado do governador Geraldo Alckmin, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do senador Aécio Neves, todos tucanos, além de outras lideranças do Brasil e da Suécia.
O tucano afirmou que é "muito bom" ser provocado por pessoas para ser candidato a presidente. "Muito bom, mas é muito bom para aumentar a responsabilidade e continuar sendo um bom prefeito. Não posso me deixar contaminar com essa coisa de achar que virei o rei da cocada preta, não é isso", declarou. "Eu tenho que continuar sendo prefeito, é a melhor contribuição que posso dar. Não é conversa fiada, é conversa real", insistiu.
O prefeito contou que agradeceu a FHC pelo comentário feito pelo ex-presidente quando disse que Doria é um "balão que está subindo" e que o político se apresenta como um dos nomes do PSDB para concorrer à Presidência da República em 2018. "Bem humorada a expressão dele. Eu quero de novo registrar, como tenho feito todo dia, o melhor que posso fazer para a democracia brasileira é seguir sendo um bom prefeito", afirmou. Doria ainda disse que não podia ser um "balão que está subindo" e ao mesmo tempo ter os pés no chão, como defendeu o ex-presidente.
O tucano destacou que gosta muito de FHC e de José Serra, que estavam no jantar. Falando sobre o senador, o prefeito afirmou que foi elogiado pelo veterano por seu "espanhol fluente" e que gostaria de respondê-lo com uma frase, mas que não o fez e não contou qual declaração queria ter dado.
O prefeito saiu em defesa do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), que no fim de semana foi capa da revista Veja. De acordo com a publicação, o ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura Benedicto Junior afirmou em depoimento que a construtora fez depósitos para Aécio, numa conta de Nova York operada por sua irmã, Andrea Neves.
"Eu gosto do Aécio, sei que ele vai saber fazer sua defesa e confina sua inocência", disse Doria, que complementou dizendo que não vê "uma postura de ilicitude" e que confia e endossa o senador. (Daniel Weterman - daniel.weterman@estadao.com e Gabriela Korman - gabriela.korman@estadao.com)
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