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Palavra do leitor 
Na semana em que comemoramos o Dia Mundial da Água, é importante mantermos acesa a discussão sobre a segurança hídrica. A crise da água no mundo não é apenas uma ameaça em si mesma, mas risco múltiplo, envolvendo Saúde, produção de alimentos e geração de energia, entre outros campos, e refletindo-se diretamente na estabilidade política e social. Dados do National Intelligence Council, dos Estados Unidos, apontam que a segurança hídrica é fundamental para a estabilidade política dos países e o Fórum Econômico Mundial confirmou isso no seu Relatório de Riscos. Segurança hídrica significa proteger a sociedade de perigos associados a enchentes e secas e garantir acesso das pessoas à água contribuindo para seu desenvolvimento social e econômico.
Mas esse trabalho pede infraestrutura e isso só se consegue com investimento de longo prazo. O que significa que nas próximas décadas precisaremos de mais infraestrutura, uso eficiente dos recursos, planejamento e governança fortalecida. Ou seja, a construção da resiliência do setor envolve três ‘Is’: instituições (governança, comitês de bacia, regulação e organizações que deem suporte); infraestrutura (aumentar a capacidade de armazenamento para resiliência a eventos extremos) e investimento (infraestrutura hídrica tem custos associados elevados).
Exemplo é o caso de São Paulo, onde enfrentamos em 2014/15 a seca recorde dos últimos 125 anos. Foi necessário acelerar investimentos na produção de água potável e conscientizar as pessoas para novo padrão de consumo. Apesar das dificuldades, São Paulo não parou e hoje outros Estados e países vêm conhecer o que foi (e está sendo) feito. Exemplo é a vinda de técnicos da Caesb (Companhia de Saneamento do Distrito Federal) para conhecer unidades de tratamento com uso de membranas, e o empréstimo de equipamentos do Cantareira para aliviar os efeitos da seca no Nordeste. No aspecto da infraestrutura, com obras já inauguradas e outras em andamento (como o São Lourenço e a interligação Jaguari-Atibainha), houve rápido avanço e podemos contar com segurança hídrica para enfrentar fenômenos climáticos ainda mais extremos.
Para debater essas questões fundamentais e as perspectivas de futuro, teremos aqui no Brasil, em 2018, o Fórum Mundial da Água. Muito já se falou de futuro de conflitos pela água. Talvez possamos fazer com que seja o contrário: que a união ao redor do cuidado e da melhor distribuição da água seja justamente a forma mais eficaz de promover a paz e o progresso social e econômico.
Benedito Braga é secretário de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado de São Paulo, presidente do Conselho Mundial da Água e professor titular de Engenharia Civil e Ambiental na Escola Politécnica da USP.
Palavra do leitor
Estoril
Venho por meio desta Palavra do Leitor solicitar as devidas providências no Parque Estoril, em São Bernardo, referente à regularização de todos os comércios no local. Quero por meio desta coluna, que tanto nos ajuda, levar nossas reclamações e chamar a atenção da Vigilância Sanitária a respeito das tendas que servem alimentação no Parque Estoril, pois colocam entre 70 e 80 mesas embaixo das árvores, local no qual há muito risco de acidentes, por causa de galhos que possam cair, e também porque tem muitos pombos e pássaros, o que faz com que possa cair alguma coisa nos alimentos.
João Luiz dos Santos
São Bernardo
Carne Fraca
Sobre a participação de grandes frigoríficos nas fraudes com carnes vencidas, na tentativa de se defender, argumentaram que se tratavam de fatos isolados. Não são. As ilegalidades ocorriam há pelo menos dois ou três anos sem que alguma medida mais firme fosse tomada no sentido de evitar tal absurdo. Mostraram, no mínimo, desorganização e negligência. Isso é fatal para qualquer negócio. Duas conclusões se sobressaem após esse escandaloso episódio: a primeira é que o brasileiro é apaixonado por carne e vai continuar a fazer o seu churrasco, mas perdeu a confiança no ‘papo mole’ de certas marcas que se autointitulavam perfeitas. A segunda é que a corrupção no País é buraco profundo que não tem fim. É mal cuja face é cada vez mais cruel e capaz de superar qualquer expectativa ruim.
Luizinho Fernandes
São Bernardo
Mobilidade
Fico satisfeito em saber que prefeitos do Grande ABC estão sempre empenhados em dar o melhor para suas cidades. Na equipe de auxiliares existem médicos, advogados, engenheiros, urbanistas e pessoas prontas a colaborar. Mote desta é a Mobilidade Urbana. Pelo menos em São Bernardo – desconheço outros municípios – vejo aberração em frente às portarias da Scania e da Toyota, nas quais existem semáforos que em plenos sábado, domingo e feriado – onde não existem entradas e ou saídas de funcionários, com ausência total de produção – ‘represam’ movimento dos veículos – coisa desnecessária. Se gasta mais combustível, poluem e ainda causam insegurança. Quantas indústrias existem na região com a mesma falta de acessibilidade e que deveriam melhorar a tão almejada Mobilidade Urbana. A se pensar.
Severino Martins de Araújo
São Bernardo
Oriental
Prefeitura de Santo André, e as práticas orientais? Como participante, gostaria de saber quando reiniciará o programa de práticas orientais (lian gong, tai chi chuan e ioga), promovido pelo Paço na Chácara Pignatari, na Avenida Utinga? No aguardo.
Fernanda Vido
Santo André
Egoísmo
Acredito que a maior desgraça de nosso País seja egoísmo. O bem individual e o bem comum, que deveriam andar de mãos dadas em todas as decisões, caminham totalmente dissociados. Todo e qualquer dom que Deus tenha nos dado deveria servir não só para o nosso bem, mas também para o bem comum. Tome-se como exemplo a natureza: você já viu a natureza agir de forma egoísta? Já viu algum ecossistema se desequilibrar senão pela ação do homem? Ela, quando desequilibrada, procura desarrumar o que não atende e, por meio desse caos, criar a harmonia necessária para seu equilíbrio. Talvez seja esse perfeito funcionamento que deveríamos observar, reverenciar e reproduzir, para evolução nossa e da sociedade.
Vanderlei A. Retondo
Santo André
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