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Fabrício admite erros do PT e cita reconquistar militância

Ex-secretário adjunto de Grana e candidato a presidente da sigla, petista fala em equívocos

Por Júnior Carvalho
do Diário do Grande ABC
21/03/2017 | 07:00
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Secretário adjunto no governo do ex-prefeito de Santo André Carlos Grana (PT, 2013-2016), Fabrício França reconheceu que o partido cometeu erros no comando do Paço e agora fala na necessidade de a legenda “reconquistar a militância”. O petista é um dos cinco candidatos à presidência da sigla no município e abre a série de entrevistas que o Diário fará com os postulantes ao PED (Processo de Eleições Diretas) no Grande ABC.

Com passagens no movimento estudantil, Fabrício foi número dois na Pasta de Gestão de Recursos Naturais de Paranapiacaba durante a administração de Grana. O petista argumentou que registrou candidatura a presidente do diretório para contrapor ao clima de “caças às bruxas” que se instalou internamente após a derrota de Grana na corrida eleitoral do ano passado. “A gente vem se pautando por fazer um debate que não seja de procurar culpados (pela derrota), numa lógica de que não é hora de ficar apontando de quem foi a culpa, mas de construir um projeto de partido que tenha significado para que o PT representa. Que consiga fazer um diálogo além do que debater eleições de dois em dois anos, que reconquiste a militância”.

Para Fabrício, que chegou a flertar adesão da ala que apoia o projeto do ex-deputado federal Professor Luizinho, a legenda precisa reagir à conjuntura nacional, com o impeachment de Dilma Rousseff (PT), somada à derrota acachapante para o hoje prefeito Paulo Serra (PSDB), por 78,21% a 21,79% dos votos válidos, no segundo turno. “A crise nacional ajudou (na derrota), mas não isenta a gente de reconhecer que deveríamos ter nos preocupado um pouco mais com o governo (municipal). Apesar de ter ocorrido realizações, a urna não aprovou. Existiram falhas, porque senão teríamos reeleito o prefeito”, frisou o petista, sem detalhar quais foram os equívocos.

Fabrício minimizou a existência de várias candidaturas no PED local. Ele compara o atual cenário na legenda ao de 2009, quando, após a derrota eleitoral de Vanderlei Siraque (PT), a sigla registrou diversos interessados em presidir o partido – o hoje deputado estadual Luiz Turco venceu a disputa. “O mais importante é todo mundo estar unido depois do PED. O debate é obrigatório e necessário. Ruim é pessoalizar (as derrotas)”.




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