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Oposição em Diadema promete barrar projeto pró-CAD

Alinhado ao Água Santa, bloco contrário a Lauro diz ter votos para rejeitar renovação de uso de campo

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
16/03/2017 | 07:00
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André Henriques/DGABC


A bancada de oposição ao prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), promete endurecer a votação marcada para hoje da renovação do contrato de exploração do campo do Taperinha, na Vila Nogueira, para o CAD (Clube Atlético Diadema). Com forte ligação ao Água Santa, time de futebol rival ao CAD, o bloco garante ter votos necessários para derrubar a proposta do governo, caso ela seja colocada em votação.

O texto está previsto para ser apreciado pelos parlamentares em primeira discussão – em Diadema, são necessárias duas votações para que o projeto vá para sanção do prefeito. Para ser avalizada, a matéria precisa de 11 votos. Mas o bloco oposicionista assegura possuir 12 adesões, o que inviabilizaria qualquer movimento do Paço.

Durante a semana, interlocutores do governo buscaram conversas individuais com a bancada. Explicaram que a renovação do uso do campo do Taperinha pelo CAD viabilizará parceria com o grupo Sonda, que promete investimentos no time de futebol, reforma no gramado e até a instalação de um posto de distribuição do supermercado.

A mesma explanação está marcada para hoje, momentos antes da sessão. Quem detalhará a proposta do grupo Sonda é Jackson Carvalho, presidente do CAD.

O Diário apurou que alguns vereadores – entre eles do PT – se inclinaram a votar a favor da prorrogação contratual. O CAD recebeu o direito de uso do campo do Taperinha ainda na gestão de Mário Reali (PT). Além disso, o clube foi formado por desejo do ex-prefeito José de Filippi Júnior (PT), que queria ver um time de futebol profissional no município – o Água Santa se profissionalizou na sequência à chegada do CAD.

O governo Lauro garante que a extensão do acordo para uso do campo passa exclusivamente pelo investimento do grupo Sonda. Porém, nos bastidores, o movimento é tratado como revanche ao Água Santa, uma vez que seus dirigentes estão na linha de frente da oposição na Câmara – presidente em exercício do clube, Revelino Teixeira, o Pretinho (DEM), é vereador. Ele é um dos que questionam os motivos da antecipação da discussão, uma vez que o contrato só expira em dezembro. 




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