Isinbayeva havia sido apontada como diretora da Agência Russa Antidoping (Rusada) em dezembro e foi reeleita na última quinta-feira. A decisão desagradou a Wada, uma vez que a ex-atleta criticou a entidade publicamente diversas vezes e a acusou de perseguição ao esporte russo.
"A nomeação de Isinbayeva não é consistente com o roteiro estabelecido pela Wada para a reintegração da Rusada", se manifestou a entidade mundial. "Enquanto é decisão das autoridades russas eleger seus membros diretivos, a agência deveria passar estas informações para um comitê independente para sua reavaliação."
Duas vezes medalhista de ouro olímpica e multicampeã no salto com vara, Isinbayeva não pôde competir nos Jogos do Rio, no ano passado, graças à exclusão do atletismo russo do evento por causa de um escândalo sistemático de doping no país. Na ocasião, a saltadora chamou a decisão de "violação dos direitos humanos".
Isinbayeva, aliás, classificou a investigação do doping no esporte russo como "complô" e cobrou que os supostos denunciantes do esquema fossem banidos do esporte. Ao ser reeleita na quinta, ela prometeu "defender nossos atletas" em casos similares, mas, em compensação, garantiu que vai seguir o programa de reformas liderado pela Wada.
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