"Parece alto, mas é preciso ter em mente que este é um mês muito caracterizado pelas altas nos preços regulados", comentou o analista Gabriel Zelpo, da consultoria Elypsis. Segundo ele, o cenário geral não foi tão ruim, "diante das circunstâncias".
Ainda assim, o avanço dificulta a tarefa do banco central de atingir sua meta de inflação para este ano. O BC argentino busca limitar a inflação a um avanço de no máximo 17% até o fim de 2017. Por ora, a maioria dos economistas diz que ela deve terminar o ano mais próxima de 20% ou 21%.
O presidente Mauricio Macri, que assumiu em dezembro de 2015, acusa a antecessora Cristina Kirchner de mentir sobre a inflação e prometeu reduzi-la a um dígito até 2019. A ex-presidente nega a acusação.
Para controlar os preços, o banco central tem mantido os juros altos e interrompeu o processo de anos de impressão de dinheiro, além de dar mais clareza à inflação e às metas. As medidas, "ajudadas" por uma forte recessão no ano passado e pelo fraco gasto dos consumidores, parecem funcionar. Economistas dizem que o acesso a hipotecas e a crescente disponibilidade de crédito mais barato devem impulsionar o investimento e o crescimento, tirando a economia argentina da recessão. Fonte: Dow Jones Newswires.
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