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Indicadores antecedentes da OCDE apontam aceleração modesta da expansão mundial
07/03/2017 | 11:10
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O crescimento da economia global deve acelerar modestamente para 3,6% no próximo ano, dos 3,3% projetados para 2017, mas riscos como a alta do protecionismo, vulnerabilidade financeiras e potencial volatilidade causada pela trajetória divergente dos juros e pelo descolamento entre as avaliações de mercado e a atividade real ameaçam este cenário, afirmou nesta terça-feira a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Em relatório, a entidade afirmou que a melhora reflete estímulos fiscais e estruturais de grandes economias, em especial da China, Canadá e Estados Unidos, bem como uma posição de política monetária mais expansionista na zona do euro. Paralelamente, a alta dos preços das commodities e a desaceleração da inflação deve ajudar nações como o Brasil e a Rússia a saírem da forte recessão em que se encontram.

"O crescimento ainda é bastante frágil e benéfico a poucos, sendo de pouca importância para aqueles que mais foram atingidos pela crise", afirmou o secretário-geral da OCDE, Angel Gurría.

Para os 34 países que compõem a OCDE mais seis nações que não integram a entidade, os indicadores antecedentes passaram de 99,93 para 100,00 entre dezembro e janeiro. Nos Estados Unidos, esse número saiu de 99,48 para 99,59. No Canadá, o avanço foi de 100,39 para 100,60 no mês.

Entre os grandes países acompanhados pela OCDE, o Brasil passou de 101,62 para 101,90 em janeiro, enquanto a China passou de 99,26 para 99,42 e a Rússia, de 100,10 para 101,06.

A entidade salienta o risco da alta do protecionismo, que pode prejudicar o crescimento global, bem como riscos nos mercados financeiros, cujas valuations "parecem desconectados da perspectiva para a economia real, onde o crescimento do consumo e investimento continuam frágeis".

"A impulsão do crescimento em países que adotam estímulos fiscais é bem vinda, mas não podemos ignorar o perigo desta recuperação ser descarrilada por erros de política ou riscos financeiros e vulnerabilidades, afirmou a economista-chefe da OCDE, Economist Catherine L. Mann. (Marcelo Osakabe)




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