Internacional Titulo EUA
Congressistas dos EUA querem recolocar Coreia do Norte na lista do terrorismo
18/02/2017 | 10:22
Compartilhar notícia


O aparente assassinato de Kim Jong Nam a pedido do seu meio-irmão, o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, está fortalecendo o entendimento, entre congressistas de ambos os partidos nos Estados Unidos, para recolocar o país como um patrocinador do terrorismo, uma designação retirada nove anos anotes.

Caso os EUA adotem a medida, o isolamento cresce sobre o líder norte-coreano, complicando assim qualquer tentativa diplomática para barrar seus programas de mísseis balísticos e nuclear.

Washington manteve a ditadura norte-coreana durante duas décadas na lista negra do terrorismo, após o regime alvejar uma aeronave sul-coreana em 1987, deixando 115 mortos. O presidente George W. Bush retirou a designação em 2008 para facilitar uma negociação para o envio de ajuda em troca de desarmamento. A concessão se mostrou de pouco valor, porque as conversas entraram em colapso pouco depois e nunca foram retomadas.

Atualmente, os EUA consideram apenas o Irã, o Sudão e a Síria como patrocinadores do terrorismo. Para impor tal condição, o Departamento de Estado necessitaria determinar que o país "repetidamente" ajudou apoio a ações de terrorismo. Em junho do ano passado, o governo afirmou que a Coreia do Norte "não é conhecida por ter patrocinado nenhum ato de terror" desde o ataque de 30 anos atrás.

A morte do irmão exilado de Kim Jong Un pode mudar esse cenário. Segundo investigações preliminares, duas mulheres se aproximaram e borrifaram um líquido em Kim Jong Nam na segunda-feira, no aeroporto internacional da Malásia. Ele morreu pouco depois.

"Nunca deveríamos ter retirado a Coreia do Norte da lista", afirmou o deputado democrata Brad Sherman.

O presidente Donald Trump prometeu "lidar" com a Coreia do Norte, mas não disse como. Ainda é incerto se o governo pretende iniciar negociações com o regime, que pretende ser tratado como uma potência nuclear. Democratas e republicanos, nesse ínterim, querem aplicar sanções ao país e pressionar a China a jogar mais duro com seu vizinho problemático. Fonte: Associated Press.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;