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Palavra do leitor
Do Diário do Grande ABC
30/01/2017 | 12:21
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“Em sendo impossível mudar a natureza do pecador, cumpre reduzir as oportunidades de pecado”, afirmou Roberto Campos nos anos 1990, em defesa da privatização e da redução do tamanho do governo. A motivação inicial era o (mau) uso político de empresas e de bancos estaduais e a insolvência que ficou evidente após o fim da inflação.

Há sete pecados capitais que acometem as empresas estatais: burocrata estatal não é empreendedor; protegida da competição, dificilmente a companhia atinge elevada eficiência; a meritocracia não é o elemento central do corpo funcional; como não são dirigidas pelos donos, a corrupção é crônica; a espoliação delas pelos políticos é enorme; em geral, elas comem dinheiro de impostos ou da dívida pública; e ajudam a reduzir a eficiência da economia, pois o setor público é menos eficiente que o privado.

Certas atividades, embora com características empresariais, demandam a presença do Estado, sobretudo na fase do desenvolvimento. É o caso das ferrovias, das pontes, das prisões, dos postos de Saúde, das escolas. De outro lado, há atividades nas quais o Estado não deve gastar dinheiro de impostos. É o caso de bancos comerciais, metalúrgicas, hotéis, fábricas de chapas de aço, comércio de açúcar.

Pode parecer estranho aos mais jovens, mas o Brasil tinha estatais em todas essas áreas, além de outras. O presidente Michel Temer traz a ideia da privatização de volta. E já há político dizendo que até apoia, desde que o dinheiro da venda de estatais seja usado para serviços públicos e não para pagar dívida. Esse argumento é equivocado. Vender patrimônio e torrar o dinheiro em gastos correntes é erro, pois, no dia seguinte, o patrimônio está menor e a dívida continua lá, impondo juros e exigindo ser paga no vencimento.

No livro A Riqueza Pública das Nações, os autores fazem proposta, sintetizada da seguinte forma: o setor público tem demonstrado ser péssimo administrador da riqueza que possui em mãos. Governos do mundo inteiro, inclusive nações que hoje passam por crises financeiras, poderiam monetizar (privatizar ou fazer concessões) seus valiosos ativos.

A principal sugestão para reverter o crescimento econômico enfraquecido é que os ativos públicos sejam entregues a uma gestão profissional, que lance mão do que há de melhor na administração corporativa. Aí está bom tema para ser debatido pela sociedade. Além de reduzir as oportunidades do pecado da corrupção, ajudaria a melhorar a eficiência da economia e aliviaria o peso do Estado sobre os ombros da população.

José Pio Martins é economista e reitor da Universidade Positivo.

Galhos

 Já reclamamos junto à Prefeitura de Santo André da existência de galhos caídos devido às últimas chuvas em calçada perto da esquina, na Rua João Ribeiro, no bairro Campestre, obrigando as pessoas passarem pela via, com o perigo de serem atropeladas. Como temos colégio a 100 metros, de crianças do Maternal e 1º Ciclo – cujo início das aulas se dará a partir de fevereiro –, seria de bom alvitre que a Prefeitura tomasse providências para se evitar o pior, que poderá até salvar vidas. A árvore em questão também está condenada e a qualquer momento cairá. Aguardo providências urgentes. 

Alexandre Halas

 Santo André

No Exterior

 Será que Dilma Rousseff não enxerga um palmo à frente do nariz ou faz questão de não enxergar? É lamentável que, depois de tanto mal que causou ao País, tem coragem de ir ao Exterior com a mesma ladainha de que a democracia brasileira sofrera golpe. Se não bastasse isso, agora está com o discurso de que segundo golpe está em andamento no Brasil, que é o de tentar barrar Lula (réu em cinco ações na Operação Lava Jato) de ser candidato em 2018. Ela é muito petulante, sem noção das coisas e já deveria estar presa junto com seu mentor, caso as leis funcionassem como deveriam no Brasil. Ela mesma confessou ter dado golpe eleitoral nas últimas eleições quando disse que ajuste fiscal era inevitável e tramava aumentar impostos em 2014. Mas esse fato foi escondido a sete chaves antes do pleito. Dias depois de consumado o estelionato eleitoral começaram a aparecer os dados reais da situação calamitosa que o País se encontrava. Os brasileiros um pouquinho mais bem informados já sabiam há tempos do descalabro de nossas contas públicas. Infelizmente a maioria, menos informada, levou essa senhora ao segundo mandato e todos nós vimos no que deu. 

Mauri Fontes

Santo André

Teresina C. Fantinati

 Agora, já com o novo governo de São Bernardo instalado, está na hora de rever os estudos do grupo de Marinho! Na primeira eleição foi entregue nas mãos do ex-prefeito Marinho, na escola Pedro Augusto Gomes Cardim, abaixo-assinado, no qual todos os moradores da Rua Teresina Capitaneo Fantinati, no Jardim Colonial, pediram mão única na via, que é muito estreita e tem calçada estreitíssima, além de escola. Houve promessa de solução. Foi feito outro abaixo-assinado quatro anos depois, mas ainda sem resposta! Agora, a situação piorou. E muito! Em volta da escola a calçada foi invadida pelo mato. Árvore com espinhos tem galhos invadindo a rua, riscando os carros e com enorme perigo de machucar pessoas. Perto da entrada da escola tem cratera enorme deixada pela Sabesp. Certo vereador prometeu consertar, mas onde está o conserto? Agora, novos gestores, está na hora de parar de estudar e começar a trabalhar! O que nós, moradores da Rua Teresina Fantinati, estamos pedindo é de baixo custo, mas que vai aumentar a segurança de todos, moradores e pessoal da escola.

Serge R. Vandevelde

 São Bernardo

Desamparados 

 Belíssima reportagem sobre a pobreza no Grande ABC (Setecidades, ontem). Se vivêssemos em época em que governantes se preocupassem o mínimo com governados esse tipo de situação não mais deveria ocorrer. No entanto, o que se vê são preocupação com aumentos dos próprios salários, criação de manual de conduta, escândalos sucessivos, briga de egos entre eles, juízes ganhando mais até que ministros do STF (Política), desemprego, corrupção e mais um monte de absurdos que não caberiam neste espaço. Onde está a compaixão dos gestores? Por que político, seja qual for o cargo, tem de ganhar tanto enquanto famílias inteiras vivem com míseros R$ 85 por mês? Até quando seguiremos reféns de quem nos governa? Até quando permaneceremos calados?

Carla Dominique

 Rio Grande da Serra

Valeu a pena?

 Além de a Odebrecht pagar multas de quase R$ 7 bilhões aos governos brasileiro e norte-americano, agora deverá desembolsar R$ 500 milhões em multas pelas delações dos seus 70 executivos envolvidos. Será que no escurinho da prisão Marcelo Odebrecht, sem nada para fazer, pensou que a ganância de poder para transformar sua empresa na maior construtora do mundo valeu a pena? Se tivesse feito tudo direitinho, sem propina, concorrendo de igual para igual com outras empresas não teria sido mais ético e melhor? Hoje a empreiteira é menor do que era em 2003, seu principal presidente está preso, foi expulsa de diversos países que prestava serviço e precisou demitir mais de 70 mil funcionários. Valeu a pena?

Beatriz Campos

 Capital

 

Faz e mostra 

 Está de parabéns o prefeito de São Paulo, João Doria. Chegou e botou a mão na ferida, que os antecessores nunca tiveram coragem de enfrentar. São Paulo está indecente, com prédios pichados, ruas esburacadas, árvores caindo sobre a fiação, calçadas intransitáveis e lixo por todo lado. É preciso combater esse vandalismo que tomou conta da maior cidade da América Latina. Diariamente o prefeito faz aparições mostrando seu trabalho. E mais. Mostra que grande parte de suas ações não tem custo devido às parcerias que consegue junto à iniciativa privada. Faz e mostra. Tem a admiração dos que votaram no senhor esperando mudanças. Elas estão aparecendo. Que venham muitas. 

Izabel Avallone

 Capital




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