Marcos de Marchi, presidente do Conselho Diretor da Abiquim, disse que a indústria química vai começar o ano que vem em situação melhor que a vista ao longo deste ano, em termos de volume, sem detalhar números. Ele destacou que a velocidade de reação da economia tem se mostrado lenta, porém a "lógica das decisões da equipe econômica atual está correta".

"Eu não faria nada diferente", disse, em relação à política econômica do governo do presidente Michel Temer. "Sinalização de queda da taxa de juros e de limite para gastos do governo está certa", afirmou. Ele acrescentou que eventos no exterior, como o Brexit e a eleição do republicano Donald Trump nos Estados Unidos, trouxeram instabilidade à economia.

Ainda assim, acabadas as incertezas relacionadas ao ambiente político, com o impeachment de Dilma Rousseff, com o governo atual, "o ano que vem será um pouco melhor que este ano para a indústria química", afirmou.

O presidente do Conselho Diretor da Abiquim também relatou a jornalistas que um dos fatores que têm prejudicado a rentabilidade do setor são os gargalos na logística e os custos da energia elétrica e da matéria-prima. "O transporte de Camaçari, na Bahia, para São Paulo é mais caro que da China para São Paulo", disse.