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84% dos consumidores online devem aproveitar a Black Friday
Marília Montich
Do Diário OnLine
24/11/2016 | 17:09
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Divulgação


A Black Friday entrou de vez para o calendário dos brasileiros. Desde 2012, uma vez por ano os consumidores do País têm a chance de adquirir produtos com descontos significativos tanto em lojas físicas como virtuais. Nesta última opção, a expectativa para este ano é bastante positiva: ao todo, 84% dos consumidores online ativos de um universo de 45 milhões devem aproveitar a data - marcada para amanhã - , como revela pesquisa realizada pela Ebit, empresa especializada em informações do comércio eletrônico. O número representa aumento de três pontos percentuais em relação a 2015.

A pesquisa teve como base 5.791 consumidores que pretendem comprar online nos próximos seis meses. Eles responderam questionário estruturado através de pesquisa do painel Ebit entre 5 e 16 de agosto. Entre as categorias mais visadas pelos internautas para esta sexta-feira de ofertas estão eletrônicos (34% das intenções de compra), eletrodomésticos (28%), telefonia/celulares (27%), informática (23%) e casa e decoração (13%).

Ainda segundo dados da Ebit, a Black Friday é responsável, em um único dia, por 25% do faturamento do e-commerce para o período do Natal. Para 2016, estima-se o valor de R$ 2,1 bilhões na data.

Segundo o CEO da Ebit, Pedro Guasti, o aumento da expectativa de compra para este ano em relação ao anterior se deve a maior confiança na economia. “Ela não foi recuperada ainda, mas quando olhamos indicadores de confiança, vemos que ela começa a se reerguer, pois os índices estão melhores do que no ano passado. Ainda não tivemos impacto real, mas as pessoas estão mais otimistas em relação a compra”, explica o executivo. “Fazemos também levantamento de expectativa de consumo trimestralmente e observamos que houve pequena recuperação no terceiro e quatro trimestres deste ano”, completa.

Sobre os itens da “lista de desejos” dos consumidores, eletrônicos e eletrodomésticos costumam ser os campeões em todas as edições. A alta na categoria casa e decoração, contudo, vem de encontro a movimento observado ao longo deste ano. “Com a crise, as pessoas ficam mais tempo em casa e acabam investindo mais em torno dela”, diz Guasti.

Observa-se ainda migração do offline para o online cada vez mais intensa a medida que o tempo passa. Isso porque a web possibilita que as pessoas economizem mais pelo fato de poderem comparar melhor preços e produtos não somente no computador mas também nos smartphones. “A internet tem estrutura que permite maior flexibilidade. Você pesquisa em qualquer lugar que esteja por meio do celular e pode fazê-lo em comparadores de preços, em sites de concorrente e sites de busca. Trata-se de ambiente mais competitivo e de maior conveniência para o consumidor.”

Importante lembrar que antes de aproveitar os descontos da Black Friday pela internet é essencial tomar série de cuidados. Como medida geral, deve-se observar a necessidade que se tem em relação ao produto desejado. “A primeira pergunta é: ''''eu preciso disso?'''' Se não preciso, o produto vai sair caro apesar do desconto”, diz o coordenador do curso de Marketing da Universidade Metodista de São Paulo, Laércio Bento.

Quando decidido a fazer a compra, é necessário verificar a idoneidade da loja, se ela tem histórico confiável e se tem referência de compras já feitas. “Para isso há caminhos: consulte site do Procon para ver quais as lojas negativadas ou positivadas e o site da Ebit, que elabora ranking das lojas com relação ao atendimento que prestam, dando selo de acordo com responsabilidade, entrega, prazo etc”, afirma Bento.

Empresas que não são honestas aproveitam o momento da Black Friday para aplicar série de golpes e, por isso, a atenção precisa ser redobrada. “Quem age de má-fé sabe que haverá pessoas ingênuas ou mal informadas que vão comprar apenas pelo desconto oferecido”, lembra o docente, que alerta: “O desconto não ser verdadeiro é apenas um dos problemas. O segundo é a fraude na informação em si: a pessoa coloca os dados pessoais e é direcionado a um site que não existe. De qualquer forma, importante sempre identificar se a URL do site começa com https e se no final do endereço há o desenho de um cadeado. Se essas duas coisas acontecerem, já é um bom sinal de que o site é confiável”, finaliza.
 




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