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Presidente garante estreia do Tigre no 1º de Maio
Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
11/01/2011 | 07:29
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O torcedor do São Bernardo pode ficar sossegado. Segundo o presidente do clube, Luiz Fernando Teixeira, a estreia do Tigre no Campeonato Paulista, às 19h30 de sábado, contra o Grêmio Prudente, será no Estádio 1º de Maio. A partida havia sido transferida para o Anacleto Campanella, em São Caetano, por causa da falta do laudo da Polícia Militar. A alegação era de que o estádio tinha muito entulho devido às obras de ampliação e instalação das torres de iluminação. Os funcionários trabalhavam em ritmo acelerado ontem para limpar o local e o clube tem até as 19h30 de amanhã para entregar o laudo à Federação Paulista e garantir o mando

"Pode escrever aí, jogaremos em nossa casa sábado. Hoje (ontem), saíram quatro caçambas cheias de entulho e creio que até terça-feira (hoje) à noite não haverá uma pedra fora do lugar. Temos cerca de 150 homens trabalhando rápido para colocar tudo em ordem", garantiu Teixeira.

Apesar da confiança do presidente, é possível duvidar que o compromisso seja efetivamente cumprido. Das quatro torres de iluminação, apenas duas estavam totalmente prontas ontem pela manhã. A terceira recebia os holofotes e a quarta estava completamente no chão. Além disso, o local guarda características de canteiro de obras, com barro, máquinas e entulho por todos os lados.

Teixeira fez questão de acompanhar de perto as obras e esteve no estádio ontem para conferir o andamento dos serviços. "Claro que houve pequeno atraso por conta das fortes chuvas que atingem constantemente a nossa região e dificultam os procedimentos. Mas está tudo caminhando conforme planejamos, e não vemos motivo algum para que o jogo aconteça em outro lugar. Limpar entulho é praticamente nada diante de todas as obras que foram realizadas", comparou.

No total, a Prefeitura investiu cerca de R$ 7,3 milhões para oferecer nova casa ao São Bernardo no ano de estreia na elite do Paulista. A capacidade do 1º de Maio, que era de 14,9 mil lugares, passou a ser de 17,4 mil s torcedores. Outra mudança significativa foi no setor destinado à imprensa, que antes contava com seis cabines e hoje tem 24 salas amplas para as transmissões dos jogos.

Setor da imprensa e camarotes não foram finalizados

Um dos únicos setores que não estarão totalmente prontos para o confronto de estreia do São Bernardo no Estádio 1º de Maio, contra o Grêmio Prudente, é o destinado à imprensa. Segundo o presidente Luiz Fernando Teixeira, não houve tempo hábil para finalizar as obras. Com isso, serão tomadas medidas preventivas para que o local esteja em condições de uso no sábado.

"Vamos colocar alguns tapumes para isolar o final do setor das cabines de imprensa. Depois do jogo, vamos retomar normalmente as obras e creio que em pouco tempo teremos o local pronto e com todas as suas instalações completas", explicou o dirigente.

Além das cabines de imprensa, no local ficarão posicionados os camarotes VIPs, destinados aos diretores do São Bernardo e da equipe visitante. Também haverá local para os convidados de honra.

A acomodação da imprensa e os camarotes foram duas das principais reivindicações da Federação Paulista desde que o Tigre conseguiu o acesso para a Primeira Divisão. O antigo prédio não era suficiente para comportar a demanda e muitas vezes dirigentes e jornalistas precisavam ficar nas arquibancadas durante os jogos.

 

Paulistão inferniza vizinhos do 1º de Maio

Alegria de uns, tristeza de outros. A presença do São Bernardo na Primeira Divisão do Campeonato Paulista começa a tirar o sono dos moradores dos arredores do Estádio 1º de Maio. Só de pensar nas dezenas de torcedores circulando pelas apertadas ruas da Vila Euclides em busca das escassas vagas de estacionamento nos dias de jogos, o sonho de ver o clube da cidade entre os melhores do Estado vira pesadelo em poucos instantes.

O principal problema apontado pelos residentes é a falta de respeito da torcida. "Os jogos nos deixam muito receosos. Aparecem muitos torcedores de fora e eles estacionam em frente à garagem, tirando nosso direito de ir e vir. Além disso, temos de conviver com o barulho dos tambores e músicas dos torcedores", reclama Marli Matangrano Franzin, 47, que há 17 anos mora há poucos metros do 1º de Maio, na Rua 24 de Fevereiro. "Sou deficiente física e, às vezes, estou na rua, preciso ir ao lavabo e demoro para chegar em casa. A situação é muito difícil", completa.

A moradora fica ainda mais revoltada ao saber que agora, com a instalação das torres de iluminação, boa parte dos jogos será noturna. "Pior que ninguém nos avisa de nada. As ruas são fechadas e fica complicado para comprovarmos que somos moradores para que nos deixem passar. Já pedi a tabela do campeonato para eu sumir daqui nos dias dos jogos porque não aguento a bagunça", esbraveja.

Quem também não está nada contente com a possibilidade de grandes jogos no 1º de Maio é Sebastião Bispo de Almeida, 42, que há 12 anos mora em travessa sem saída da Rua 24 de Fevereiro. "Nos anos anteriores, quando os jogos nem eram tão grandes, já tive problemas. Cheguei do trabalho e tinha um carro fechando a minha garagem. Infelizmente, o estádio não tem estrutura para receber jogos de grande porte, as ruas são apertadas. Vai ficar muito ruim para os moradores", decreta.

Apesar da insatisfação, Sebastião vai aproveitar o lado bom da situação. "Sou esportista, sou maratonista e adoro futebol. Apesar dos problemas aqui na rua, devo ir assistir aos jogos do São Bernardo", confessa.

Outro problema apontado pelos residentes é a favela situada logo atrás do estádio, o que, segundo eles, pode aumentar consideravelmente o furto de veículos na região.

Prefeitura garante intervenções para ampliar número de vagas

O secretário de Esportes de São Bernardo, José Luiz Ferrarezi, garantiu que a Prefeitura tomará atitudes nos jogos de maior movimento no 1º de Maio. "Estamos trabalhando principalmente pensando nos duelos contra o Corinthians e Ponte Preta. Nessas partidas usaremos o campo que fica atrás das cabines de imprensa para estacionar os ônibus dos torcedores visitantes", explica. "Nos demais jogos, haverá interdição de algumas ruas e sentiremos a necessidade e o impacto para solucionar os problemas", finaliza.




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