Economia Titulo Saúde financeira
Especialistas apontam melhor destino ao 13º salário
Marília Montich
Do Diário OnLine
28/10/2016 | 14:35
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Divulgação


Final do ano chegando e, como ele, o esperado 13º salário. Dinheiro extra na conta sempre é bem-vindo, porém é preciso ter cautela para empregá-lo da melhor forma possível a fim de evitar futuros arrependimentos.

Antes de decidir onde gastá-lo, é importante identificar o perfil de cada situação financeira. “Se for um endividado, que gasta mais do que ganha, o ideal é destinar boa parte do 13º para o pagamento de dívidas. Se for um equilibrado, que consegue pagar as contas, mas não consegue acumular reservas financeiras, pode usá-lo para colocar o planejamento financeiro em ordem e começar a se tornar um investidor. Se já for investidor, ou seja, aquele que consegue acumular reservas financeiras, tem que se preocupar em proteger e investir bem o dinheiro. Nesse caso, é muito importante ter objetivos claros para o dinheiro poupado”, explica o educador financeiro Tiago Domingues, do portal DSOP.

O principal cuidado a ser tomado é planejar o uso da quantia recebida, não sair pagando contas ou gastando desordenadamente. “Nessa época do ano, o comércio tenta, a todo custo, 'fisgar' o 13º das pessoas. Por isso, nunca compre por impulso Sempre pergunte a você mesmo se precisa daquilo agora e o que o produto ou serviço vai lhe agregar”, diz Domingues, atentando para os riscos do consumo inconsciente.

Pensar antes de agir é premissa válida em qualquer ocasião, ainda mais em momentos de crise econômica. “Não devemos tapar o sol com a peneira. As dificuldades ainda são muito grandes e minha sugestão seria que as pessoas economizassem de alguma forma, pois não sabemos se e economia vai andar como todo mundo espera. Em momento de insegurança, dinheiro economizado é importante”, afirma o especialista em crédito da UCI Brasil Luis Felipe Carchedi.

Avaliação minuciosa se faz necessária até mesmo para pagar dívidas, segundo os especialistas. Mesmo porque, muitas vezes, a quitação total não é possível imediatamente. “A ideia é que as pessoas possam olhar nesse momento as melhores dívidas para liquidar, que não são necessariamente as mais caras, mas sim as mais de curto prazo. O bom é tentar fazer com que as dívidas novas sejam mais de longo prazo e mais baratas para orçamento mensal, com taxas menores. O 13º seria uma oportunidade para essa revisão”, completa Carchedi, que garante que o perfil do brasileiro é, infelizmente, de um mal endividado.

Sonhar em novas aquisições usando o 13º, contudo, não é proibido, desde que haja responsabilidade e planejamento. “Todas as pessoas têm sonhos e eles funcionam como um combustível natural da vida. O ideal é dividir em, pelo menos, três sonhos, com prazos a serem realizados: curto (até um ano), médio (de um a dez anos) e longo (acima de dez anos). Depois de escrevê-los num papel, o indivíduo deve separar uma parte das suas reservas para cada um deles. Assim, terá uma motivação extra para continuar poupando seu dinheiro”, finaliza Domingues.
 




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