Embora tenha criticado os "excessos" da ação da PF de sexta-feira, Renan defendeu que a proposta seja votada. Mas ele não garantiu em entrevista que ela vá ser votada este ano. "Essa lei vai se submeter a um debate, vamos confrontar pontos de vista e chamar a todos para debater, mas não vamos deixar esse vácuo na legislação brasileira", disse Renan.
O presidente do Senado disse que o projeto - alvo de forte críticas de integrantes da força-tarefa da Lava Jato - foi apresentado há anos pelo Segundo Pacto Federativo e que, quando propôs a matéria, apenas reproduziu o texto apresentado pelo Supremo Tribunal Federal. "Não acredito que ninguém de boa fé defenda o abuso de autoridade", afirmou.
Renan disse ainda que a proposta foi redigida pelo ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). Em uma nova alfinetada no ministro da Justiça, Alexandre Moraes, ele afirmou que o titular chegou a defender o abuso de autoridade. O peemedebista, contudo, não detalhou as razões para esse comentário.
O presidente do Senado lembrou ainda que o ministro do STF e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, é um dos defensores da aprovação de uma proposta que altera a atual lei de abuso de autoridade.
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