Política Titulo Editorial
Imobilidade urbana
Do Diário do Grande ABC
24/10/2016 | 11:10
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Aline Pietri/DGABC


É difícil crer nas intenções dos administradores do Grande ABC sobre políticas públicas destinadas a melhorar a Mobilidade Urbana. Embora, no discurso, todos digam que compreendem a necessidade de se investir em meios de deslocamento de pessoas com segurança, rapidez, conforto e economia, na prática pouco fazem para alcançar o objetivo.

Prova do descaso é o fato de que cinco das sete prefeituras não atenderam determinação de concluir projeto que estabelece metas para melhorar o trânsito até abril de 2015, data limite estabelecida pelo governo federal. São Bernardo e Ribeirão Pires foram as honrosas exceções. Condescendente com a incapacidade municipal, Brasília acaba de ampliar o prazo para a entrega do documento em mais quatro anos – até abril de 2019. Enquanto isso, o cidadão será obrigado a conviver com a piora dos já conhecidos gargalos da área.

No domingo, menos de uma semana pela frente, eleitores de quatro municípios do Grande ABC retornam às urnas para concluir o processo de escolha dos prefeitos que comandarão Santo André, São Bernardo, Diadema e Mauá – São Caetano, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra encerraram o processo no primeiro turno.

É preciso que se atentem para as propostas que os políticos têm para o setor antes de digitar a dezena relativa ao seu candidato na urna eletrônica. Desse exercício depende futuro melhor.

A Mobilidade Urbana é um dos principais entraves aos desenvolvimentos econômico e social do Grande ABC. Muitas empresas optam por deixar a região por causa das dificuldades de se deslocar pelas sete cidades. Sem contar aquelas que sequer cogitam vir para cá. O direito de ir e vir do morador da região está ameaçado pela falta de planejamento dos atuais gestores. A esperança é que a nova safra de prefeitos seja mais sensível ao assunto – e faça a lição de casa sem que seja preciso novo prazo do governo federal.  




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