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População dá ‘jeitinho’ para esperar ônibus no Jardim Anchieta
Por Mikael Schumacher
Especial para o Diário
20/10/2016 | 08:00
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Denis Maciel/DGABC


Há três anos, a costureira Irma Eugenia Pereira, 62 anos, fez um banquinho para a população esperar o ônibus em frente ao seu estúdio de costura na Rua Pedro Eugênio Pereira, no Jardim Anchieta, em Mauá. “Paguei R$ 60 nele e faz tempo que mandei fazê-lo, tanto que quem o fez já morreu”, lembra a costureira.

A iniciativa da profissional, que é conhecida no bairro desde 1958, surgiu há três anos, quando um ônibus de transporte público derrubou o ponto que havia no local. Na época, a Prefeitura de Mauá apenas retirou a estrutura do abrigo que estava danificada.

Como a casa de Irma fica bem em frente ao ponto de ônibus, as pessoas sentavam na escada do seu imóvel. A partir daí, a costureira decidiu que colocar o banco ajudaria o público e seu imóvel ficaria liberado.

Chegar ao ponto de ônibus que foi improvisado por dona Irma também não é tarefa fácil, pois o bairro tem muitas ruas íngremes e cansativas para percorrer. Além disso, a Rua Pedro Eugênio Pereira (que possui o nome do pai da costureira), é muito movimentada. Vários carros e caminhões passam o tempo todo por lá. Ela explica que é muito difícil de atravessar a via. “Os motoristas dos ônibus veem as pessoas do outro lado da rua e não esperam que elas atravessem, indo embora”, reclama a moradora.

Apesar da ideia do banco da dona Irma ter ajudado por um lado, o espaço também ficou conhecido como “banco do assalto”, pois muitas vezes bandidos passam e levam os celulares de quem está esperando o transporte. “Se ficar aqui o dia inteiro, você não vê uma viatura transitando pela rua”, denuncia a moradora de Mauá.

Em nota, a Prefeitura de Mauá reforçou que a Rua Pedro Eugênio Pereira, na altura do nº 215, encontra-se devidamente sinalizada com pontalete, mas que realizará vistoria no local para verificar a possibilidade de instalar um abrigo.

Sobre a segurança no bairro Anchieta, a Administração atribuiu responsabilidade ao governo do Estado e suas polícias Militar e Civil.




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