Eleições 2016 Titulo Aidan ignorado
Paulinho fecha apoio do PSB, de Márcio França, e ignora Aidan
Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
07/10/2016 | 07:43
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Divulgação


Postulante do PSDB à Prefeitura de Santo André, o ex-vereador Paulinho Serra se reuniu ontem com o vice-governador de São Paulo e presidente paulista do PSB, Márcio França, para selar apoio do partido aliado na base do governador Geraldo Alckmin (PSDB) ao projeto tucano na cidade, alinhando agenda eleitoral no segundo turno e possíveis propostas administrativas. Em contrapartida, o acordo ignora o ex-prefeito Aidan Ravin (PSB), terceiro colocado no processo – a maior parte da votação do socialista tende a migrar naturalmente para o tucano, sem a necessidade de sua declaração, conforme análise da cúpula do PSDB local.

Paulinho compareceu no encontro na Capital, na sede do PSB estadual, ao lado do vereador Almir Cicote (PSB), único eleito da legenda, hoje integrante da coordenação da campanha tucana. O prefeiturável frisou que as tratativas compõem “a parte importante do PSB”. “Respeito a pessoa do Aidan, mas o projeto dele não possui nenhuma identidade com o nosso. São propostas diferentes. Por isso, não tem diálogo (com o ex-prefeito). Com parcela do PSB nós teremos e assim vai prosseguir. Fomos para o segundo turno com plano contrário ao do PT e ao do Aidan. Não tem sentido fazer qualquer acordo com ele agora”, disse, referindo-se ao socialista, que geriu o Paço entre 2009 e 2012, quando o tucano era parlamentar.

Paulinho falou que a conversa com Márcio França englobou futuras atividades de rua e programas, se eleito, em parceria com o Estado, elencando, como exemplo, a implantação do polo tecnológico, em tramitação desde 2010, com credenciamento em janeiro junto à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, sob comando do vice-governador. “A formalização desta adesão com parcela do PSB ajuda na construção de projetos, deixando, se formos escolhidos (na eleição a prefeito), caminho aberto para encaminhamento de propostas”, alegou, ao mencionar que a geração de emprego e renda é prioridade de seu plano. “Queremos recolocar Santo André no rumo do desenvolvimento.”

Márcio França citou que com a saída do PSB do processo “o caminho natural é pelo PSDB” após a derrota, ocorrida, segundo ele, em especial pela onda para o tucanato, a partir de São Paulo. “Foi fator preponderante”. O vice-governador acrescentou que “há também empatia pelo projeto do Paulinho, que se apresenta bem à Prefeitura com renovação e juventude”. Com o acerto, o dirigente do PSB ponderou que a sua agenda não é casada com a de Alckmin, o que dificulta ambos no mesmo dia, mas virá para caminhada na cidade quando receber convite específico do ato por parte do candidato.

O vice-governador reforçou que existe “muito interesse” do Estado pelo andamento do polo e “isso será pautado com o projeto do Paulinho”. “Adiantei esse diálogo também com o Cicote e tenho certeza que com esta nova administração conseguiremos dar celeridade.” (Colaborou Leandro Baldini)

DEM se põe à disposição por projetos estaduais de Habitação

Outro partido da base de apoio do governo estadual, o DEM posicionou-se favorável ao projeto tucano em solo andreense. Em reunião ontem, a executiva municipal deliberou por suporte oficial à candidatura de Paulinho Serra neste segundo turno do processo contra o atual prefeito Carlos Grana (PT). Na primeira fase do pleito, a direção local ficou neutra, liberando os candidatos a vereador, depois que o então postulante da sigla, Fabio Picarelli, desistiu da empreitada própria para dar adesão ao ex-prefeito Aidan Ravin (PSB), derrotado no páreo.

Presidente da cúpula local democrata, Fernando Marangoni alegou que o partido no âmbito municipal “foi e sempre será oposição” às propostas e ideologia petistas e, por outro lado, há convergência com as ideias do tucano. “É projeto novo, moderno, que se coaduna com nossos projetos, a exemplo de buscar a eficiência administrativa e enxugamento da máquina”, disse, pontuando que o secretário estadual de Habitação, Rodrigo Garcia (DEM), se colocou à disposição para parcerias em projetos ligados à sua Pasta. “Ele já se comprometeu neste sentido.”

O DEM não conquistou cadeira na Câmara, perdendo a única representatividade que tinha com o vereador Evilásio Santana, o Bahia. A chapa da sigla fez 11,2 mil votos, sendo o coeficiente de 16 mil. “A desistência do Picarelli foi grande prejuízo. Provocou desidratação”. O dirigente falou em reconstrução da legenda, fazendo avaliação individual, conforme a fidelidade com diretrizes internas.  




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