Ele lembrou, também, das mudanças realizadas recentemente nos contratos, que reduziram os riscos associados, seja por passar a apresentar cláusulas mais claras, seja por antecipar qual vai ser a solução se alguns dos riscos se efetivarem. É o caso, por exemplo, de riscos associados a judicialização de questões fundiárias, em que haveria o reconhecimento do atraso, com a devolução do prazo ao final do contrato de concessão.
As alterações foram feitas após a Aneel verificar que os leilões de transmissão passaram a não contratar todos os lotes ofertados. Correia comentou que a expectativa é de que empresas de transmissão que tinham se afastado dos certames voltem à disputa e também que novos grupos nacionais e internacionais entrem no leilão. "R$ 30 bilhões é demais (para os competidores habituais)", disse, referindo-se ao volume de investimentos previstos nos novos lotes de transmissão.
Para ele, a rentabilidade que será oferecida está em um patamar extraordinário e não deve se manter por muito tempo. "Esperamos uma movimentação de novos agentes para aproveitar essa janela de oportunidade, que não é muito longa, de um ou dois anos", afirmou.
Na avaliação de Correia, se o próximo leilão não resultar em sucesso para todos os lotes, alternativas terão de ser pensadas. "Para conectar geração não tem muito como fazer, mas para carga há alternativas", disse, apontando para a possibilidade de armazenamento de energia. A Aneel já abriu uma chamada pública sobre a questão para discutir o assunto.
O diretor da Aneel participa do evento Energia no Brasil: Perspectivas do Setor, promovido pela S&P Global, BM&FBovespa e Apimec.
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