Reconhecido como o evento mais tradicional de Ribeirão Pires, o Festival de Chocolate não tem recebido muita atenção na gestão de Saulo Benevides (PMDB). Em 2013 o evento foi cancelado, em 2014 teve ares de grande festival - com investimento de R$ 2,4 milhões e atrações principais de renome como as bandas Jota Quest e RPM -, em 2015 contou com apenas R$ 770 mil de recursos e em 2016 foi cancelado.
 
O Diário OnLine questionou os candidatos à Prefeitura da cidade para saber quais são os planos de cada postulante para o festival.
 
Buscando a reeleição, Saulo Benevides informou que está construindo um parque temático que abriga uma fábrica de chocolate artesanal que ficará junto ao teleférico. “A ideia é que as pessoas venham para a cidade por causa do chocolate, já que aparecem no festival por causa dos shows”, disse. Vale lembrar que as obras do teleférico estão em ritmo moroso e sua conclusão poderá ficar para a próxima gestão.
 
Renato Foresto (PT) quer criar uma “comissão de festejos” que envolve a sociedade civil e o poder público, para garantir a continuidade do Festival do Chocolate. “O evento será o carro-chefe para outras tradicionais da cidade. Quero fazer dele um selo em todas as festividades do município”, afirmou.
 
Candidata pelo PMB, Leo da Apraespi diz que gostaria de melhorar o gerenciamento do festival, planejando, repensando e organizando melhor o evento. A candidata afirmou que poderia utilizar uma PPP (Parceria Público-Privada) para manter e gerir o Festival do Chocolate. “Este evento é um marco turístico de Ribeirão, assim como a Festa do Peão de Barretos.”
 
Luiz Carlos Grecco, que disputa a vaga pelo PRB, garante que manterá o Festival num eventual governo e explica que isso seria possível através de parcerias com a iniciativa privada. “Quero levar o festejo para outros locais da cidade que tenham melhor estrutura, como o Ribeirão Pires Futebol Clube, por exemplo”, explicou o candidato.
 
Disputando a vaga pelo PSTU, José Cantídeo formulou um plano com dois tópicos. No primeiro ele diz que quer abrir discussão com os conselhos de Cultura e Turismo, para que o Festival do Chocolate seja reformulado. Ainda no primeiro item, o candidato pretende dar gratuidade para a entrada na festa, para que todos os públicos sejam atingidos. Já no segundo tópico o pleiteante diz, caso seja eleito, criar editais públicos para que os artistas locais se apresentem no evento.
 
Carlos Alberto Sacomani (PSL) diz apenas que acredita que os custos relacionados ao Festival deveriam ser melhores analisados.
 
Adler Kiko Teixeira (PSB) diz que o evento era muito reconhecido e que fazia parte do calendário cultural do estado de São Paulo e que hoje perdeu a essência. “O Festival do Chocolate deu lugar para o ‘Chocalote’, um festival realizado por artistas que não receberam os valores combinados por parte da Prefeitura”, disse. Kiko, em toda sua resposta, não poupa críticas à gestão de Benevides e sua maneira de gerir o evento. “Essa é uma das provas de que se trata de um governo que não planeja, que faz a cidade andar pra trás”, afirmou.
 
Candidata pela Rede, Rosana Figueiredo pretende transformar o Festival do Chocolate na maior festa colaborativa do Estado de São Paulo, caso seja eleita. Ela faz parte dos candidatos que buscarão parceria com a iniciativa privada para realizar o festejo.
 
Dedé da Folha (PPS) disse que o Festival irá continuar numa eventual gestão, mesmo que o diminua de tamanho e receba atrações de artistas regionais. “É preciso incentivar o Festival do Chocolate bem como o do Cambuci. São alternativas de desenvolvimento econômico para Ribeirão Pires focado pelo Turismo”, concluiu.