Para Lisboa, a limitação de gastos deveria ser algo "óbvio" na gestão pública, mas se tornou necessária porque decisões irresponsáveis vêm sendo tomadas nos governos. "O que a proposta diz é apenas que, se o governo do Maranhão quiser construir uma refinaria, vai ter que dizer o que é que vai cortar do orçamento para isso", ponderou.
Para ele, o teto pode ser o começo de uma agenda de responsabilidade, a qual depende de que a população se mobilize em prol de medidas duras.
O economista destacou, por exemplo, a necessidade de uma compreensão mais profunda pela população da proposta de reforma da Previdência. "Quanto mais a sociedade se engajar e entender, maior a chance de a janela atual ser aproveitada e retomarmos a trajetória de crescimento sustentável", disse.
Para Lisboa, o tema da dívida dos Estados passa pela Previdência. "Os Estados estão quebrando por causa da Previdência e não tem outra forma, precisa delimitar a idade mínima", comentou. O presidente do Insper considerou ainda que o Brasil permite uma acumulação de benefícios por uma mesma pessoa, algo que também afeta as contas públicas.
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