Eleições 2016 Titulo São Caetano
Candidatos prometem valorização em salário dos professores
Isabela Treza
Especial para o Diário OnLine
26/09/2016 | 16:27
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Denis Maciel



A administração de São Caetano tem até meados de 2017 para colocar em prática o Plano de Empregos, Salários e Funções de Educação, de acordo com o PME (Plano Municipal de Educação), aprovado em junho de 2015.

O modelo foi realizado pelo professor Carlos Eduardo Sanches com normas a respeito da ascensão de carreira e aumento salarial, com critério de merecimento, graduação e tempo de serviço para os servidores da Educação. Em fevereiro, o assessor de Gestão, Empregos, Carreiras e Salários da Prefeitura, Carlos Barbosa, declarou ao Diário que estima o salário inicial do professor de R$ 2.600, com benefícios incorporados ao vencimento mensal.

Conversamos com os candidatos a prefeito da cidade, sobre a continuidade do projeto e pretensão para sua implantação. O atual prefeito e candidato à reeleição, Paulo Pinheiro, do PMDB, revela certeza em prosseguir com a proposta, além de ter cumprido todas as etapas do Plano em seu atual governo. “Integra a nossa política de valorização do profissional da Educação. Acreditamos que não há como garantir aprendizado de qualidade aos nossos alunos se quem ensina não está estimulado. Por isso, também dobramos o valor do abono pago aos professores e criamos o programa de bolsas de estudos para mestrado na USCS (Universidade Municipal de São Caetano) para os docentes da rede municipal”, conta Pinheiro.

O candidato José Auricchio Júnior, do PSDB, alega que o Plano de Cargos e Salários não só para a Educação, mas de todo o funcionalismo, foi da autoria de sua gestão, quando prefeito da cidade. “Faltou regulamentar, o que a atual gestão não fez até agora. Nós vamos revisar o que for preciso e regulamentar novamente. Quanto ao salário, é difícil precisar um número, depende de estudos, mas a valorização dos profissionais da Educação é prioritária”, conta Auricchio.

Fabio Palacio (PR) reforça que a valorização e qualificação dos professores é uma das principais ações em seu plano de governo, considerando que o atual salário é um dos mais baixos da região. “Não adianta apenas dar o abono salarial, que inclusive é uma reclamação antiga da categoria, é preciso incorporar esse extra ao próprio salário para que os professores tenham mais segurança e motivação pra trabalhar”, considera Palacio. Além disso, o aspirante à Prefeitura menciona outras propostas, como a implantação do Programa de Carreira do Magistério Público e criação do Centro de Pesquisa e Atenção ao Profissional da Educação.

Já Gilberto Costa, do PEN, detalha que seu plano de governo, que prevê um programa de valorização do servidor municipal como um todo, o que considera fundamental para a cidade. “Quem ganha com isso é o munícipe, que será atendido por servidores mais satisfeitos com seu trabalho e realmente preparados em suas respectivas áreas. Quando implantar e quanto será o salário é uma questão para se avaliar quando tiver assumido a Prefeitura, observando o impacto da implementação. Mas minha vontade é implantar logo em meu primeiro ano de mandato”, finaliza Costa.

Lucia Dal''''Mas (PRTB), considera que é “muito decepcionante ver um governo se desviar totalmente de sua rota por causa de interesses mesquinhos e menores. O processo começou bem, aberto e democrático, porém se desviou no meio do caminho e acabou por isolar-se dos profissionais da Educação”. Além disso, a concorrente revela ser favorável ao plano, desde que seja elaborado com a participação dos profissionais. A candidata também alega que perdemos uma de nossas maiores oportunidades e diz que solicitou “várias vezes para a secretaria de Educação cópias do andamento e dos projetos de lei que foram elaborados, bem como as atas de reuniões, entretanto, tudo permaneceu trancado nas sombras. Acreditamos que, se for feita uma auditoria na folha de pagamentos, nos contratos e na dívida pública, o salário possa ser ainda melhor e mais convidativo do que este que foi anunciado”. Lucia reforça também que caso a população dê a oportunidade, ela governará com transparência e dará continuidade no projeto com a prática de gestão à vista para todos saberem sobre como o governo trabalha.

Marcio Della Bella, do PT, considera que é preciso, em primeiro lugar, assegurar a gestão democrática e que para a realização da educação de qualidade é necessário grande investimento de recursos públicos e valorização de seus profissionais. “Todos os países, estados, e municípios que alcançaram alto nível de desenvolvimento investiram fortemente em Educação, assegurando bons salários aos profissionais, carreira atraente, condições de trabalho, ensino integral com dedicação exclusiva dos professores incorporados aos seus vencimentos. Defendo, assim, uma política de reajuste real dos salários e a incorporação de todas as gratificações”, ressalta Della Bella.

O candidato Vadinho (PV) diz que não tem dúvida da necessidade urgente de adequar os salários e planos de carreira. “Também darei preferência a nossa GCM (Guarda Civil Municipal), pois hoje o plano só beneficia os graduados, e eu acho isso errado, tem que ajudar a todos. Quanto a valores, quero e vou buscar sempre o melhor para todos os funcionários, priorizando Saúde, Educação, Segurança e Esporte”, finaliza Vadinho.

Já Sara Jane, da Rede, ressalta que sempre deixou claro que deve dar continuidade aos bons projetos e, quando possível, até melhorar. “Em proposta entregue ao TER (Tribunal Regional Eleitoral) no dia 15 de agosto de 2016 temos o tópico ‘Fim da política de arrocho salarial dos servidores’, embora a Educação em São Caetano seja considerada muito boa em comparação nacional, os professores precisam de incentivo e especializações adicionais. Quanto ao aumento salarial, isso não será problema no orçamento da cidade. Se me permitem, apenas a remoção de cargos comissionados desnecessários e funcionários fantasmas, possibilitará parte do aumento”, conclui Sara.
 




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