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Membros da ONU fazem reunião de emergência sobre violência na Síria
25/09/2016 | 13:52
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Membros da Organização das Nações Unidas (ONU) discutem, em uma reunião de emergência, a situação da cidade de Aleppo, na Síria.

O ministro de relações exteriores da França, Jean-Marc Ayraul, disse que Rússia e Irã serão culpadas por crimes de guerra se não pressionarem o presidente da Síria, Bashar Assad, a finalizar a escalada de violência. "Ele claramente fez a escolha por uma escalada militar. Eu chamo Rússia e Irã a se juntarem e mostrarem responsabilidade, colocando um fim nesta estratégia. Se não, Rússia e Irã serão cúmplices dos crimes de guerra cometidos em Aleppo."

O enviado da ONU Staffan de Mistura acusou a Síria, durante a reunião, de desencadear uma "violência militar sem precedentes" contra civis em Aleppo. Segundo Mistura, a ofensiva militar de retaliação dos rebeldes levou a uma das piores semanas, com dezenas de ataques aéreos contra áreas residenciais, causando milhares de mortes de civis.

Acusações

Em uma entrevista para a BBC, o secretário britânico Boris Johnson afirmou que a Rússia deveria ser investigada por crimes de guerra pelo ataque contra um comboio civil de ajuda humanitária no dia 19 de setembro, que deixou 20 mortos. A Rússia nega envolvimento e sugere que o ataque foi cometido por rebeldes sírios ou por um drone dos Estados Unidos.

Em sua conta no Facebook, a ministra de relações exteriores da Rússia, Maria Zakharova, rapidamente respondeu às declarações de Boris Johnson. "O ministro das relações exteriores da Grã-Bretanha, Boris Johnson, disse em uma transmissão da BBC que a Rússia é culpada pela guerra civil na Síria e, possivelmente, por cometer crises de guerra sob a forma de ataques aéreos contra um comboio de ajuda humanitária. Tudo isso é certo, exceto por duas palavras: em vez de Rússia precisa ser Grã-Bretanha e ao invés de Síria, Iraque".

Mortes

Pelo menos 23 civis foram mortos no mais recente ataque aéreo do governo sírio na cidade de Aleppo, informou o Observatório Sírio para Direitos Humanos. Já Ibrahim Alhaj, da Defesa Civil, informa que hospitais e equipes de resgate relatam 43 pessoas mortas até o momento.

"Eu nunca vi tantas pessoas morrendo em um lugar", disse Mohammad

Zein Khandaqani, membro do conselho médico. "Está assustador hoje. Em menos de uma hora, os aviões russos mataram mais de 50 pessoas e feriram mais de 200." Fonte: Associated Press




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