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Apertem cintos, piloto do Uber sumiu
Do Diário do Grande ABC
20/09/2016 | 09:37
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Artigo

Depois de sacudir o sistema de transporte urbano e tirar o sono dos taxistas em mais de 70 países com o aplicativo que permite contratar corridas de carros particulares, o Uber está apontando seu chifre de unicórnio para negócios mais ousados. O ‘unicórnio’, no jargão da nova economia, não é ser imaginário, mas empresa que se lançou no mercado como embrião de grande negócio, cresceu e viu seu valor ultrapassar a barreira do bilhão de dólares. O Uber, avaliado em US$ 63 bilhões, encabeça o ranking de unicórnios da revista Fortune. Esse animal econômico adquiriu, em agosto, a Ottomotto, startup dedicada à tecnologia de veículos ditos autônomos, porque dispensam motoristas.

Desde o ano passado, no polo robótico de Pittsburgh, a empresa mantém equipe de pesquisadores trabalhando sobre o mesmo objeto: carros autônomos. Os  testes para colocar, em breve, esses veículos acéfalos à disposição de clientes já estão sendo feitos. Antes disso,  o Uber havia comprado a deCarta, empresa de softwares de mapeamento. Seu fundador e comandante, Travis Kalanick, está de olho em mercado estimado em US$ 10 trilhões. Kalanick é versão bem-sucedida do ‘homem da cobra’, um tipo popular, misto de vendedor e artista de rua,  que atraía a atenção do público com saco vazio em que dizia haver uma cobra e vendia remédios para picada de cobra.

Kalanick, com seu aplicativo, realiza viagens para mais de 30 milhões de clientes por mês, em quase 500 cidades, sem que para isso precise imobilizar um único centavo em frota própria de carros ou empregar motoristas. Com essa prestidigitação, que recebeu o nome de UberX, ofereceu solução prática e mais barata que o serviço de táxi. Depois, lançou o UberPool, que permite ao usuário compartilhar o transporte com outros passageiros, e começou a competir não mais com os táxis, mas com o transporte público. Agora, com os carros autônomos, o objetivo é livrar-se também do motorista. Com o serviço atual, o Uber come fatia do mercado de táxis cuja receita global é estimada em US$ 100 bilhões. Com o veículo autônomo, segundo Kalanick confessou à The Economist, sua intenção é tornar o Uber tão barato e conveniente que ele se transforme em alternativa ao carro particular.

Outras grandes corporações também estão nessa estrada, investindo em projetos de carros autônomos como Google, Apple, Facebook, Tesla. O caminho para realizar esse sonho também é acidentado e bastante regulado. A primeira onda de disrupturas provocada pelo Uber mal começou e já estamos assistindo à próxima onda se formar. Apertemos os cintos.

Arie Halpern é economista e empreendedor com foco em tecnologias disruptivas e diretor da empresa israelense Gauzy Technologies.

Palavra do leitor

Política
Com todas idas e voltas de um novo governo de esperanças, mas que ainda não encontrou o seu rumo, colocando em primeiro lugar seus interesses partidários nas próximas eleições, sinceramente, depois de tantas passeatas e contestações, estamos chegando à conclusão de que trocamos seis por meia dúzia. Por isso, com as eleições se aproximando, solicito a cada eleitor que olhe o melhor para sua família, porque esses candidatos e os que querem se reeleger, fora raríssimas exceções, bem pouco estarão olhando para o bem do povo e sim para o bem do seu próprio bolso.
Sérgio Antônio Ambrósio
Mauá

Circuito
Cirurgia ceifou minha carreira de nadador em 2013 e tive de mudar o meu esporte, escolhendo, assim, a corrida, já que participava da São Silvestre. Desde então, tenho acompanhado algumas corridas organizadas e a principal delas era o Circuito Popular de Corrida de Rua deste Diário, que acontecia nas sete cidades da região por todo ano. A etapa de São Bernardo se aproximava e estranhei a falta de divulgação, quando fui surpreendido com a notícia neste Diário (Esportes, dia 15) anunciando a descontinuidade de tal evento. Espero que os organizadores, com parcerias, consigam reativar tal Circuito ou que realizem outras corridas de distâncias variadas para que todos possam participar. Esporte é saúde e saúde é vida!
Gerson Maebuti
Santo André

Saúde
Até quando vivenciaremos desdém de nossos políticos no trato da gestão, que nunca melhoram o sistema da Saúde pública? Vamos cobrar melhoria de nossos políticos ainda no mandato e os candidatos. Vejam só o disparate no uso dos recursos públicos, que até têm, mas o direcionamento segue outros percursos. Por exemplo, em reforma e ampliação da UBS do bairro Demarchi, em São Bernardo, em que as obras iniciaram com atraso no segundo semestre de 2012, numa área total de 981 m², gastariam-se R$ 2,7 milhões e, mesmo com atraso também na entrega, houve aditivo que chegou-se aos custos de R$ 3,1 milhões, fato que objetivou contestação do TCE. Na reinauguração, em setembro de 2013, o prefeito disse: ‘... em breve a população contará com rede municipal de Saúde que será referência para outras cidades’. Referência? Quem quiser ver as rachaduras no corredor e nas salas, principalmente na de coleta de sangue, é só ir lá constatar. Serviço caro e de má qualidade.
Joselenes Souza Santos
São Bernardo

Roubo de água
Assíduo que sou das reportagens objetivas destinadas a orientar os munícipes por ocorrências, que este precioso Diário publica, gostaria de alertar aos leitores de fato ocorrido em minha residência na noite de 13 para 14 do corrente mês. No período noturno fui ‘roubado’ em 2.000 litros de água, através de torneira, que até então mantinha junto ao cavalete de água na entrada. Tal afirmação baseia-se no controle de consumo diário por mim mantido há mais de dez anos. Que este alerta sirva também para que o Semasa busque possíveis desvios de consumo.
Nery Souza
Santo André

Resposta
Em relação à reclamação do leitor Carlos Alberto Marques (Vergueiro, 4.990, dia 16), de São Bernardo, a Sabesp informa que vistoriou o local e tanto o abastecimento como a pressão da água estão normais em toda a extensão da Avenida Senador Vergueiro, no Centro de Rudge Ramos. Também não existem reclamações de falta de água para esse endereço. A companhia ressalta que já orientou os responsáveis que o prédio (número 4.990) precisa de adequações internas, cuja responsabilidade é dos proprietários do imóvel. Enquanto isso não ocorre, a empresa fez algumas alterações técnicas para solucionar a ocorrência.
Sabesp

Lula mais seis
A expectativa sobre a decisão do juiz Sérgio Moro sobre a denúncia do MPF contra Lula e mais seis pessoas leva intelectuais e profissionais da mídia a especularem diferentes teses. Há os que defendem que Moro acolha a denúncia, e há os que opinam que o acolhimento criará clima de instabilidade no País. Tentam recriar o argumento que deu certo à época do Mensalão – de defesa da governabilidade – mesmo o PT não estando mais à testa do governo. É incrível! Defendem a impunidade de Lula com ares de preocupação com o País. É muita desfaçatez! Se houver acolhimento haverá protestos, sim, por parte dos populistas de esquerda, mas haverá geral sentimento de esperança de Justiça em País acostumado a só jogar a rede para pescar sardinhas e nunca os tubarões do crime!
Mara Montezuma Assaf
Capital 




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