Segundo o ex-diretor da rede, a demissao foi iniciativa própria. "Uma série de fatores me motivaram a deixar o cargo, depois de três anos sem férias." Cavalcanti enumerou tais motivos, cujo conjunto, ele acredita, é encabeçado pela "má administraçao da empresa. Alguns departamentos parecem crianças ao manejar brinquedos de gente grande."
Problemas administrativos refletem ainda, segundo Cavalcanti, a falta de coragem dos responsáveis pela CNT para deixar Curitiba e assumir Sao Paulo como base de operaçoes. "Um empreendimento desse porte precisa gerar receita, precisa atrair anunciantes. Se há uma certa teimosia em fundamentar as bases no eixo Rio-SP, entao pode esquecer, porque nao se lucra com propaganda local se existe o intuito de fixar audiência no maior centro econômico do país", retrata o recém-demitido.
A metralhadora verbal parece ter muniçao infindável. "Tudo isso era desculpa para protelar o pagamento da diretoria. Os funcionários de baixo e médio escalao eram pagos em dia, mas os diretores tinham de esperar, pois a emissora daria um `jeitinho`. Fiquei sem salário durante alguns meses."
O ex-diretor, que fez carreira em cinema ao dirigir alguns filmes com Rita Cadillac e Gretchen, alega que nao houve uma "gota d'água" para justificar a sua atitude demissionária. "Foi cumulativo, a bomba nao estourou de uma hora para outra."
Procurada quarta à tarde pela reportagem do Diário, a CNT indicou o diretor Jairo Cajal para esclarecer os motivos que cercam a demissao de Cavalcanti. Em reuniao com a diretoria da emissora, Cajal nao pôde atender antes do fechamento desta ediçao.
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