Melhorou  o estado de saúde de Marivaldo Jardim, 40 anos, que trabalhava na reforma do muro da Escola Estadual José Fornari, na Rua Amparo, no bairro Baeta Neves, em São Bernardo. Na segunda-feira, o muro caiu e fez desabar uma edícula da casa vizinha, soterrando o pedreiro.

Ele foi  levado ao Hospital Mário Covas, Santo André, em estado grave, com ferimento na região cervical. Na manhã desta quarta-feira, já havia deixado a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e ido para uma Unidade de Cuidados Intermediários, sem a necessidade do uso de aparelhos para respirar.

Segundo a  advogada Iara Aleixo, 49 anos, que mora na casa vizinha à escola há 40 anos, o muro começou a ceder em janeiro de 2010. Desde então, vem pedindo a reforma, que começou a ser feita há cerca de um mês.

DEMORA NA REFORMA - A Secretaria de Estado da Educação declarou que, em relação ao atraso da construção do muro, a   Fundação para o Desenvolvimento da Educação, órgão que administra os contratos de obras da rede estadual de ensino, aguardava autorização da proprietária do imóvel vizinho para fazer a intervenção necessária na edícula de sua residência. O muro da unidade e a edícula serão reconstruídos pela empresa. Amanhã, técnicos da FDE farão vistoria no local para dar continuidade à obra.

"Eles nunca procuraram a gente. Temos toda a documentação da comunicação feita por email e telefone. Sempre fomos nós que os procuramos pedindo que a reforma começasse logo. Além disso, no projeto deles não está prevista a reconstrução da churrasqueira e forno que tínhamos no quintal. Eles deixam de fazer a manutenção no muro e nós é que vamos ter que pagar por isso", lamentou a moradora Eliete Aleixo Gnan, 45, irmã de Iara.

Desde ontem, a parte externa da casa foi interditada pela Defesa Civil  do município. Uma nova entrada para casa foi feita no lado oposto ao muro da escola para evitar novo acidente.