Diarinho Titulo
Palavra certa: para usar bem os dicionários
Professor Pasquale Cipro Neto
07/06/2009 | 15:05
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No início do ano letivo, muitos alunos recebem o material escolar. No meio do material, é comum a presença de um dicionário, normalmente dos pequenos. Então eu pergunto: você sabe usar os dicionários? A escola ensina isso? Será que para saber usar bem basta conhecer a ordem alfabética? Será que o dicionário sempre nos dá respostas imediatas?

Vamos iniciar uma pequena série de textos sobre esse assunto. Para começar, é preciso ver direito a questão da ordem alfabética, que, para muita gente, não é tarefa simples. O que vem antes: nojo ou nojento? Como as duas palavras começam com n a decisão fica para a segunda letra: novo empate (a segunda letra é o). O empate continua na terceira letra (j) e só é desfeito pela quarta letra, que, no caso de nojo, é o, que vem depois do e (de nojento) no alfabeto. Moral da história: nojento vem antes de nojo.

Muitas vezes, é preciso fazer alguma ginástica para saber o significado de uma palavra. Quem procura escassez, por exemplo, encontra "qualidade de escasso". Se não sabe o que é escasso, vai ter de procurar essa palavra. Mas isso não é desculpa para desistir. Nada de preguiça!

São muito importantes as palavras que significam "ato ou efeito de". Quem procura aspersão, por exemplo, encontra "ato ou efeito de aspergir". Se não sabe o que é aspergir, tem de procurar. Vamos lá: aspergir significa "borrifar ou respingar com gotas de água ou de outro líquido".

O dicionário nos diz também de onde vêm as palavras. O termo composto reco-reco, por exemplo, é formado por onomatopeia, que nada mais é do que o emprego de uma palavra com a qual se tenta imitar um som. A palavra reco-reco lembra justamente o som produzido por esse instrumento de percussão.

O dicionário é fundamental também para a formação do nosso vocabulário, que não pode contar apenas com as palavras que se usam no dia a dia. Essas constituem o vocabulário ativo (palavras que conhecemos e usamos frequentemente). É preciso possuir também o vocabulário passivo, formado por palavras que conhecemos (ou deveríamos conhecer), mas não usamos com muita frequência. No próximo domingo, a gente volta a conversar. Até lá.




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