Domingo, na casa de Lima, 10 famílias de metalúrgicos demitidos da montadora se reuniram para preparar o ato. Compareceram também integrantes da comunidade da paróquia Sao José, do bairro Baeta Neves, e o presidente da Câmara Municipal de Sao Bernardo, Walter Tavares (PSDB). Muitas crianças também foram à reuniao. A tarefa delas será carregar cartazes, faixas e proferir palavras de ordem durante a passeata que vai se seguir à ceia. Segundo a mulher de um metalúrgico demitido - que, por temer represálias da empresa, nao quer se identificar -, o ato terá um sentido simbólico. "Nao será uma ceia de Natal completa. Haverá apenas pao e leite, que as crianças comerao, para demonstrar que queremos de volta o emprego de nossos maridos para garantir o alimento na mesa", disse.
"A idéia é mostrar que a luta nao é só dos 2,8 mil trabalhadores demitidos, mas de 2,8 mil famílias. Será um ato pacífico, ninguém está pensando em baderna", explicou a dona de casa Sonia Gonçalves Amarante de Queiroz, mulher do funileiro Luiz Nunes de Queiroz, demitido após 15 anos de serviços prestados à montadora (veja matéria ao lado). Após a ceia, haverá passeata até a igreja matriz do Rudge Ramos, onde será realizado ato público, para o qual o sindicato vai convidar os prefeitos da regiao, parlamentares, religiosos e movimentos populares. O presidente da Câmara de Sao Bernardo enviará comunicado aos vereadores para que compareçam ao evento. "É importante que os parlamentares de todas as cidades participem, porque a causa é muito justa", disse Tavares.
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