Indicador teve alta de 3,9 pontos percentuais ante junho de 2015, informam Seade e Dieese
A taxa de desemprego no Grande ABC atingiu 16,9% da PEA (População Economicamente Ativa) em junho, segundo a PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego), feita pela Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados) e pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) e que foi divulgada ontem. O indicador está praticamente estável ante maio (17,1%), mas é 3.9 pontos percentuais maior do que o registrado em junho do ano passado. A taxa é a mais alta para o mês desde 2005, quando ficou em 17,9%.
O destaque para a pesquisa é o aumento no número de ocupados pelo terceiro mês consecutivo, chegando a 1,19 milhão. Na comparação com junho do ano passado, entretanto, houve queda de 1,1%, quando o volume era de 1,21 milhão. Diferentemente do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregos), do Ministério do Trabalho, que só leva em conta o emprego formal, a PED também analisa os postos de trabalho informais e os autônomos. “O resultado é positivo, apesar de os níveis de ocupação estarem bem mais baixos do que nos outros anos”, avalia o economista César Andaku, do Dieese. Na opinião dele, a tendência é de melhora no segundo semestre. “Mas ainda não dá para falar em retomada”, pondera.
O setor de serviços foi o que segurou os dados de ocupação no Grande ABC. Em 12 meses, gerou 40 mil vagas e, entre maio e junho, abriu 33 mil postos de trabalho. Já a indústria demitiu 23 mil trabalhadores em um ano e 5.000 no mês. No comércio, o saldo foi negativo em 11 mil empregos em 12 meses e em 7.000 em junho.
O número de desempregados na região teve alta expressiva em um ano: foram 62 mil pessoas a mais, o que equivale a aumento de 34,3% no contingente, que hoje tem 243 mil indivíduos. A PEA cresceu 3,5% em 12 meses, de 1,391 milhão para 1,44 milhão, já que mais gente tem saído em busca de oportunidade.
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