Provar um ponto de vista pode ser mais macabro do que se imagina. Tudo fica ainda mais intenso quando a pessoa em questão é o Coringa. Essa é a ideia por trás de "Batman – A Piada Mortal", adaptação em desenho animado para a clássica HQ oitentista. O material original tem roteiro de Alan Moore e ilustrações de Brian Bolland, dupla que movimentou o universo dos quadrinhos por trazer o que é considerada a história definitiva sobre a relação entre o herói e o vilão da DC Comics.

A aguardada animação chega em DVD (Warner Home Video, R$ 19,90, em média) na primeira semana de agosto, mas os fãs poderão ver no cinema com exibições especiais amanhã (25) à noite em salas da rede Cinemark (www.cinemark.com.br), incluindo algumas no Grande ABC. Os ingressos custam R$ 40 e as sessões são recomendadas para maiores de 12 anos.

A jornada ocorre pelo fato do Coringa tentar mostrar para o Cavaleiro das Trevas que a loucura é estado mental atingido pelas pessoas em meio a várias frustrações. Segundo ele, basta apenas um dia ruim para se perder a sanidade, assim como ocorreu consigo próprio e imagina também se refletir na vida de Bruce Wayne.

O ritmo feroz da graphic novel parece poderoso demais para a versão animada atual. A tensão existe, mas tende a ser amenizada, principalmente pelo prólogo envolvendo a aproximação de Batman e Batgirl. Os principais momentos não ficam de fora de "Batman – A Piada Mortal", com o enigmático fim ainda deixando muito mistério no ar, seja para quem acompanha normalmente as HQs ou para o público geral.