Logo no início dos debates, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) disparou uma pergunta a Meirelles sobre qual deveria ser a postura do Senado ante os projetos que concedem reajustes a servidores justamente num momento em que o governo tenta apertar o cinto e conter gastos. Os senadores buscavam uma sinalização sobre a posição do Executivo, mas a resposta "não foi muito objetiva".
"O ministro disse que o parlamento vai analisar, avaliar, mas lógico que nossa posição é clara, não vamos apoiar todos esses aumentos propostos. Mas é preciso ter posição do governo", relatou Caiado na saída do jantar. "O governo mais do que nunca tem que ser sinalizador."
O senador democrata disse ainda que o parlamento deve conceder reajustes aos servidores do judiciário e do Ministério Público, "que estão há nove anos sem" recomposição salarial. "O resto nós afastaremos", garantiu.
Os senadores buscavam uma sinalização em meio à necessidade do governo em conter gastos. Neste ano, a meta fiscal prevê um déficit primário de R$ 170,5 bilhões. No ano que vem, deve haver novo déficit, como já reconheceu o ministro interino do Planejamento, Dyogo Oliveira. O valor, porém, ainda deve ser anunciado após revisão da equipe econômica.
O jantar de Meirelles com os senadores estava marcado para 20h30, mas o ministro chegou pouco depois das 21h. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), é o anfitrião do encontro. (Idiana Tomazelli - idiana.tomazelli@estadao.com)
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