Política Titulo Suposto assédio
Marcelo banca sindicância contra Manoel Lopes

Presidente da Câmara de Mauá mantém investigação sobre democrata mesmo após absolvição do oposicionista na Justiça

Junior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
29/06/2016 | 07:00
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O presidente da Câmara de Mauá, Marcelo Oliveira (PT), garantiu ontem que manterá a sindicância aberta para apurar denúncia de assédio sexual feita por uma servidora da Casa contra o vereador Manoel Lopes (DEM). Na sexta-feira, a Justiça de Mauá absolveu o democrata de pagar indenização à auxiliar de limpeza Raquel Paula de Miranda por entender que o ocorrido não pode ser considerado como assédio, mas como “flerte”.

Marcelo voltou a sustentar que a comissão de servidores, aberta na semana passada, investigará o ato em si e não Manoel. O democrata, por sua vez, nega os fatos e contesta a legalidade do grupo. “A comissão não foi criada para investigar o vereador, mas os atos que aconteceram. Então, (a comissão) vai continuar trabalhando”, bancou o chefe da Câmara.

Apesar de haver mais de uma decisão pró-Manoel (ele também foi absolvido em primeira instância na esfera criminal), o departamento jurídico do Legislativo encarou a sentença, proferida pelo juiz da 5ª Vara Cível, Rodrigo Soares, como negativa para o democrata. No acórdão, o magistrado cita que, com base nas imagens da câmera da Casa, Manoel parece estar “interessado em ficar mais próximo da servidora do que num simples beijo formal de despedida” e que o fato “beira o galanteio” por parte de Manoel, mas completa que não se caracteriza assédio. Após publicada a decisão, Manoel teria questionado Marcelo se a comissão iria prosseguir.

“Foi apresentada uma denúncia por um vereador e estamos cumprindo. Foi feita a comissão e estamos acompanhando. Depois, o resultado do levantamento vai vir para plenário e vamos acatar ou não”, frisou Marcelo, que não quis comentar se a sentença será levada em conta pela sindicância.

Manoel acusa o vereador Luiz Alfredo dos Santos Simão (PTdoB) de perseguição política. Simão foi o responsável por pedir a reabertura do caso, que ocorreu em 2013 e cuja investigação foi arquivada pela Casa na ocasião.

“Não tem amparo legal nenhum essa comissão. Estão descumprindo o regimento interno (da Câmara). Eu já fui julgado e a denúncia foi rejeitada pelo plenário. Isso é politicagem”, criticou Manoel, ao citar que o processo só voltou à tona devido à sua atuação como oposição ao governo Donisete Braga (PT). 




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