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Monumentos de Mauá carecem de manutenção da Prefeitura

Símbolos da cidade sofrem com pichações e sujeira no entorno de suas instalações

Nelson Donato
especial para o Diário
26/06/2016 | 07:07
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André Henriques


Os monumentos de Mauá têm sido alvos constantes de vandalismo. As obras, que contam a história da cidade, não têm escapado das pichações e da sujeira. O estado das peças é tema da série de reportagens do Diário, que semanalmente analisa as condições das estruturas dos sete municípios do Grande ABC.

Logo na entrada de Mauá, a escultura do Rotary Club, na Avenida Capitão João, foi depredada por vândalos com pichações. Outro pedaço da história situado na mesma via, o Marco de Pedra 1925, também não escapou dos ataques. O chaveiro Nilton Ferreira, 65 anos, possui estabelecimento em frente ao monumento. Ele afirma que fez a limpeza da pedra diversas vezes, mas que seu trabalho de pouco adiantou. “Sempre que eu tirava a sujeira de dia, à noite já estava tudo pichado. Então eu desisti. A cidade está toda abandonada, aqui não passa polícia e GCM (Guarda Civil Municipal). Temos que aguentar os moradores de rua bebendo e as pessoas destruindo tudo o que conquistamos”, afirmou.

No calçadão, no Centro, os relógios posicionados sobre o marco zero do município escaparam da depredação, mas não do descaso do poder público. Os três equipamentos estão sem funcionar e no seu entorno há muita sujeira e restos de alimentos.

O Cruzeiro de Pedra, situado na Rua Almirante Taylor, no Jardim Itapark, também carece de manutenção. A escultura apresenta sinais de grande desgaste e o pedestal, no qual ela está posicionada, apresenta danificações e muito musgo.

Uma das situações mais graves é a da Praça da Bíblia, localizada na Avenida Barão de Mauá, na Vila Bocaina. O palco e a arquibancada da área verde estão cheios de pichações, assim como a estátua, que tem os escritos do livro sagrado do cristianismo. Ali perto, o busto do ex-presidente Getúlio Vargas também foi alvo dos vândalos. Nem as palavras da carta testamento escritas pelo

A operadora de acesso Elenilde Azevedo, 31, relata que nunca viu nenhum tipo de manutenção nos monumentos da cidade. “Está tudo abandonado. Falta cuidado da Prefeitura e falta vergonha na cara das pessoas. É muito triste ver o estado dessas estátuas.”

A Prefeitura de Mauá disse que realiza a limpeza e manutenção dos monumentos anualmente, mas as peças sofrem constantes atos de vandalismo. Os custos desses serviços estão inseridos na programação de manutenção de rotina geral da cidade.

Em nota, a administração municipal se comprometeu a limpar os monumentos num prazo de 15 a 60 dias. 




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