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Preço do feijão tem alta pela sexta semana seguida na região

Para tentar regularizar oferta, governo anunciou
retirada de imposto para importação por 3 meses

Paula Oliveira
Especial para o Diário
24/06/2016 | 07:00
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Divulgação


O preço médio do feijão-carioca subiu no Grande ABC pela sexta semana consecutiva, segundo pesquisa da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) divulgada ontem. O levantamento foi feito em seis cidades da região, com exceção de Rio Grande da Serra.

A cotação feita pela Craisa leva em conta o produto mais barato de cada estabelecimento. Por esse motivo, o valor médio cobrado pelo quilo do feijão-carioca constatado pela pesquisa é de R$ 6,04 – 23,01% a mais do que na semana passada (R$ 4,91) e 117,3% acima do que era encontrado no mesmo período do ano passado (R$ 2,78). Porém, considerando as marcas de qualidade superior, o preço do pacote na região chega perto dos R$ 15.

O engenheiro agrônomo Fábio Vezzá De Benedetto, coordenador da pesquisa, explica que a elevação já era esperada. “Durante todo o ano passado, o preço do feijão ficou muito baixo (menos de R$ 3) e o agricultor ‘perdeu’ o estímulo para produzir. Depois, as chuvas de verão fizeram com que a qualidade do grão ficasse inferior. Agora, no inverno, há dificuldade porque a safra precisa de irrigação e estamos em período de estiagem”, salienta. As geadas no Paraná e no Interior de São Paulo nas últimas semanas também prejudicaram a colheita. Todos esses fatores provocaram a diminuição na oferta, o que, consequentemente, faz aumentar o preço.

Ontem, o presidente em exercício, Michel Temer, anunciou que o governo irá zerar os impostos para importação de feijão pelos próximos três meses. O objetivo é regularizar a oferta, possibilitando que o produto fique mais barato. Enquanto os valores não caem, a orientação é para que o consumidor prefira feijão-preto ou outros tipos de grãos.

A segunda maior alta verificada pelo levantamento foi a do leite longa vida, que subiu 6,73% na comparação com a semana passada e chegou a R$ 3,17 o litro, em média.

Por outro lado, alguns alimentos que tiveram altas excessivas durante o ano passado continuam registrando quedas nos preços. Caso do tomate, que em 2015 chegou a custar R$ 7,83 o quilo e agora está sendo vendido a R$ 4,25. A cebola alcançou a marca de R$ 7,23 em julho do ano anterior e nesta semana foi encontrada a R$ 3,95, na média.

A cesta básica pesquisada pela Craisa tem 34 itens, cuja soma dá R$ 568,20. Na comparação com a semana passada, houve aumento de 1,3%. A alta foi puxada pelos alimentos (2,4%). Os itens hortifrutigranjeiros caíram 1,61%, enquanto os produtos de higiene pessoal ficaram 3,19% mais baratos e os de limpeza doméstica apresentaram redução de 3,86%. 




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