Almeida contou que, às 4h45, dois homens parados em frente ao Parque da Água Branca, na zona oeste de São Paulo, deram sinal para o táxi. O motorista apanhou os passageiros, que seguiriam até Pirituba, na zona norte. No meio da corrida, porém, a dupla teria pedido para mudar a rota.
"No meio do caminho, próximo à Ponte do Limão, eles reconheceram que eu era diretor do sindicato. Disseram que iriam colocar fogo no meu carro como forma de aviso, para que os taxistas parassem de quebrar os carros do Uber", relatou ao jornal O Estado de S. Paulo.
O taxista afirmou que costuma ir a todas as paralisações da categoria, o que explicaria o reconhecimento dos dois indivíduos.
"Rodaram alguns minutos comigo no carro, pedindo para não olhar para trás, e pararam em uma travessa da Avenida Inajar de Souza. Um deles disse para atear fogo comigo dentro, mas falei que tinha família e eles me deixaram sair", declarou Almeida. "Disseram então que iriam incendiar só o meu carro como represália. E que se os taxistas não parassem de quebrar os carros do Uber iriam queimar outros táxis. Quando estava tirando o cinto, tacaram fogo no carro e as chamas queimaram parte da minha mão."
O taxista explicou que saiu correndo e acionou colegas pedindo ajuda. A imagem do carro incendiado, segundo Almeida, foi tirada por amigos da categoria.
No boletim de ocorrência, Almeida contou que a dupla sabia que ele é diretor do sindicato "e em razão de estar o sindicato contra os 'Ubers' seu veículo seria incendiado". O caso foi registrado no 40º Distrito Policial (Vila Santa Maria).
Procurado, o Uber ainda não se manifestou sobre o episódio.
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