Na briga pelo ouro da categoria até 48kg, na noite desta sexta-feira, Sarah levou uma chave de braço no chão e foi imobilizada pela japonesa Ami Kondo, de apenas 21 anos, campeã mundial júnior e adulto em 2014. Foi o segundo duelo entre as duas e a segunda vitória da japonesa por ippon.
Para chegar à final, Sarah venceu a mexicana Edna Carrillo (22.ª do ranking mundial), a cubana Dayaris Mestre Álvarez (20.ª) e a turca Dilara Lokmanhekim (13.ª). Com a prata, a brasileira garantiu seu sexto pódio seguido no Circuito Mundial de Judô, incluindo dois Grand Slams, dois Grand Prix e o Pan.
No quarto lugar do ranking mundial, Sarah deve ganhar uma posição na lista, que fecha na segunda-feira, e aparecer como terceira cabeça de chave no sorteio das chaves olímpicas. Taciana Lima, brasileira que defende Guiné-Bissau (ela é filha de um diplomata de lá), perdeu na primeira rodada do Masters e não deve conseguir ficar como uma das oito cabeças de chave no Rio.
SEM MEDALHA - Depois de vitórias sobre a mongol Tsolmon Adiyasambuu (16.ª) e a italiana Odette Giunfrida (oitava), Erika Miranda chegou à semifinal da categoria até 52kg, mas terminou sem medalha. Perdeu da japonesa Misato Nakamura, quarta do mundo, e, na disputa do bronze, parou na francesa Annabelle Euranie, a quinta. As duas lutas foram definidas por punições à brasileira.
Terceira do ranking mundial, Erika vai chegar ao Rio como uma das favoritas à medalha. Em todo o ciclo olímpico, em só seis de 28 torneios ela não chegou à briga pelo pódio. Desses seis, em três terminou em sétimo lugar, eliminada só na repescagem.
Já Rafaela Silva (até 57kg) não vem bem. A carioca perdeu logo na estreia no Mastes para a francesa Helene Receveaux, sétima do ranking mundial. Em 12.º, a brasileira tem grande chance de enfrentar uma atleta mais bem ranqueada que ela já na primeira rodada no Rio.
Na categoria até 60kg, Felipe Kitadai perdeu na estreia para o coreano Won Jin Kim, segundo do ranking mundial, por dois yukos a um. Eric Takabatake levou um ippon de Walide Khyar, da França, o 21.º do mundo. Os dois disputam a convocação para a Olimpíada, que será anunciada na quarta-feira.
Pesa a favor de Takabatake o fato de ele ter ficado à frente no ranking por 21 pontos e de ter faturado o único título brasileiro no ano na categoria, no Grand Prix de Havana. Já Kitadai é hexacampeão pan-americano (Takabatake foi bronze este ano) e ficou em quinto no Mundial do ano passado (o rival caiu nas oitavas). Além disso, carrega no currículo o bronze olímpico em Londres e pode argumentar que teve um torneio a menos para disputar este ano.
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