De acordo com a coordenadora de projetos da construção do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, Ana Maria Castelo, o aumento da confiança mostrou-se mais robusto e disseminado no setor. "Em todos os segmentos cresceu a percepção de que o ritmo de queda da demanda deve desacelerar no curto prazo, alimentando a confiança empresarial. No entanto, as dificuldades do atual cenário econômico e político sugerem que é um tempo muito curto para que, de fato, ocorra esta reversão", observou.
Em maio, a alta do índice decorreu da melhora da percepção do empresariado em relação à situação futura dos negócios. O Índice de Expectativas (IE) avançou 5,7 pontos, para 77,9 pontos. O resultado do IE refletiu principalmente a alta do indicador que mede a demanda prevista para os próximos três meses, com variação positiva de 5,9 pontos.
O Índice da Situação Atual (ISA), por outro lado, manteve a tendência observada desde janeiro de 2016. O indicador recuou 1,5 ponto, alcançando novo piso histórico aos 60,9 pontos. O destaque de baixa é o componente que capta a percepção em relação à situação atual dos negócios, que apresentou baixa de 3,5 pontos ante o mês anterior.
Na opinião da pesquisadora, os empresários se tornaram menos pessimistas quanto ao futuro próximo, embora a atividade continue em declínio. "No entanto, se o investimento em infraestrutura e no mercado habitacional não voltar a se expandir, o indicador de expectativas não deve sustentar a melhora dos últimos meses", disse.
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