Os EUA começaram a aumentar o número de analistas de inteligência avaliando a Rússia, que chegou a 13 mil no auge da Guerra Fria e depois caiu para o patamar mínimo de 1 mil há três anos, disse Breedlove, em entrevista.
Breedlove afirmou que os EUA precisam de recursos de inteligência mais técnicos, do tipo de satélites espiões que o país usa para monitorar tanto movimentos de tropas quanto campos de treinamento de terroristas, com foco na ameaça da Rússia. "Vemos que a Rússia não aceitou a mão de parceria, mas escolheu um caminho de beligerância", disse o general Breedlove. "Precisamos rever para onde estamos indo."
O general vai deixar o cargo este mês, após três anos na principal posição militar na OTAN, um período em que supervisionou a transformação da aliança do foco em capacidades expedicionárias, como no Afeganistão, para a defesa da Europa ante a agressão da Rússia. Esta semana, o general Breedlove será sucedido pelo general Curtis Scaparrotti, o atual comandante das Forças dos EUA na Coreia e um ex-comandante sênior no Afeganistão.
"Nós não estávamos focados em Rússia quando cheguei há três anos porque ainda estávamos tentando lançar um paradigma que levasse a Rússia para o conjunto de valores ocidentais", disse Breedlove. "A Rússia escolheu um caminho diferente ou eles já estavam nesse caminho e nós não reconhecemos isso."
Autoridades russas disseram repetidas vezes que é a Otan e os EUA que têm sido os agressores, ao expandir a aliança para as fronteiras da Rússia e militarizar a região do Báltico. Fonte: Dow Jones Newswires.
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