Em setembro do ano passado, executivos da Energen disseram a investidores que esperariam para ver se o petróleo chegaria a US$ 60 o barril antes de usar o mercado de futuros para proteger a sua produção. Mas a empresa informou recentemente que fixou cerca de metade da produção esperada para 2016 - em torno de 6 milhões de barris - a cerca de US$ 45.
A EV Energy Partners fixou preços nas últimas semanas ligeiramente acima de US$ 40 o barril, ainda que no ano passado tenha optado por não fazer hedge quando os preços estavam entre US$ 50 e US$ 60, disse o diretor de finanças da empresa, Nicholas Bobrowski. "Nós pensamos que éramos mais espertos do que todos", disse Bobrowski, sobre a oportunidade perdida. "Lições aprendidas."
A Energen não quis comentar o tema.
Empresas que produzem petróleo ou gás tipicamente fazem hedge por meio da negociação de futuros ou opções para garantir preço para sua produção. Hedges feitos previamente ajudaram as empresas a enfrentar a queda nos preços de 2015, mas a saída delas do mercado quando os preços caíram para novas mínimas pode aparecer nos seus resultados do primeiro trimestre, que começam a ser divulgados nesta semana.
Agora essas companhias estão tendo uma oportunidade. Os preços do petróleo nos EUA subiram mais de 65% desde que atingiram a mínima de 13 anos em fevereiro, dando aos produtores a oportunidade de travar a produção em melhores preços, em um momento em que os bancos estão reavaliando o quanto de crédito oferecer ao setor. Os futuros de petróleo subiram 1,3%, para US $ 43,73 o barril, na sexta-feira em Nova York. Foram oito semanas de ganhos semanais nas últimas 10 semanas.
Embora o rali tenha sido acentuado, os preços ainda estão bem abaixo dos níveis acima de US$ 60/barril observados um ano atrás. Fazer hedge agora significa abrir mão da possibilidade de valores mais altos se o petróleo continuar subindo. Ainda assim, produtores têm fixado preços, devido à pressão dos seus investidores e ao temor de que o rali possa ser temporário.
A Pioneer Natural Resources, considerada por muito tempo uma das empresas que mais faziam proteção de preço, mantém contratos de hedge recentemente avaliados em US$ 600 milhões e tem aproveitado o rali de preços para fixar ainda mais, disse o executivo-chefe da empresa, Scott Sheffield. Nas últimas semanas, a empresa reforçou seus hedges para 2017 a fim de cobrir 50% da sua produção de petróleo, ante 20% anteriormente.
Apesar do aumento na atividade, produtores de petróleo norte-americanos cobriram apenas 36% da produção esperada para 2016, de acordo com levantamento do Citi Research. Nos últimos anos, eles procuravam proteção para metade da sua produção. Fonte: Dow Jones Newswires.
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