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Estudantes do Senac constroem drone
Natália Scarabotto
Especial para o Diário
23/04/2016 | 07:00
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Objeto diferente tem voado pelo céu acima do Senac Santo André, no Centro da cidade: um drone, avião não tripulado controlado remotamente e que pode ter diversas funções. O aparelho foi desenvolvido em conjunto pelos alunos dos cursos de TI (Tecnologia da Informação) e de Segurança do Trabalho, com orientação dos professores da instituição.

A criação faz parte do projeto Vespa (Veículo Especial para Sistema de Performance Aéreo) que terminou em março, depois de nove meses de produção. O drone ainda está na primeira versão, mas funciona e já atingiu os primeiros objetivos: levantar voo, fazer manobras básicas para a direita e para a esquerda e retornar ao ponto de origem.

O modelo elaborado é um quadricóptero, ou seja, tem quatro hélices e quatro motores. Além disso, o drone é formado basicamente pela carcaça de plástico, controle remoto e um sistema chamado Arduino, que funciona como o ‘cérebro’ do aparelho, sendo responsável por enviar e agregar todas as informações e comandos. Ao todo, o equipamento custou R$ 1.200.

“É uma versão mais básica mas, para a segunda etapa, podemos mudá-lo. Conforme o projeto vai apresentando problemas, os estudantes vão criando soluções e as versões vão evoluindo. É isso que faz os olhos dos alunos brilharem: ver tudo ser construído”, afirma o docente de TI Maycon Guerra.

A estudante de TI Pamella Conde, 18 anos, nunca tinha ouvido falar dos drones. Depois de pesquisar e participar das primeiras reuniões, o interesse dela aumentou. Agora, já consegue até imaginar melhorias. “Para o futuro podemos colocar câmera ou fazer partes dele em 3D (tridimensional). Dá para ter muitas ideias com o drone. Já até pensei em fazer um projeto meu mesmo, não é algo concreto ainda, mas esse trabalho já me fez ter ideias diferentes.”

INTERDISCIPLINAR

Para que o resultado fosse possível, os alunos de dois cursos trabalharam juntos. Quem estuda TI ficou responsável por desenvolver todo o sistema e a programação do drone. Enquanto isso, os discentes de Segurança do Trabalho acompanharam o processo e se certificavam de que tanto a montagem quanto os testes estivessem dentro das normas técnicas e procedimentos de segurança.

“Foi bem importante aprender a trabalhar em grupo. Essa parceria entre os cursos foi fundamental para agregar ideias e lidarmos uns com os outros”, conta o aluno do curso técnico em Segurança do Trabalho Isnai Costa, 22.

O drone foi o primeiro projeto de alguns jovens. “Foi bem difícil começar tudo do zero, mas ao mesmo tempo foi uma experiência diferente”, contou Pamella.

Mesmo com pouca experiência e tendo que lidar com turmas diferentes, os jovens superaram as expectativas. “A nossa surpresa foi o envolvimento dos alunos. Foi um projeto fora do horário de aula e que não vale nota. O que conta mesmo para eles é a experiência, então, foi muito legal ver duas turmas que têm perfis diferentes tão engajadas”, afirmou a professora de TI Luciana Angelis. 




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