Registrado pela Justiça eleitoral em setembro do ano passado, o Partido Novo diz ser contra o Fundo Partidário, apesar de ser beneficiário do repasse.

Neste domingo, pelo menos três stands da sigla estão estacionadas na Avenida Paulista, palco da manifestação a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff, que será votado na tarde de hoje.

O executivo Alfredo Fuentes, 48 anos, um dos coordenadores do partido em São Paulo, justifica que o partido prefere não devolver aos cofres públicos o recurso que recebe porque o dinheiro "será redistribuído aos competidores". "A gente não gasta esse dinheiro, ele está depositado num fundo nosso. Por lei, 25% desse valor temos que utilizar para fomentar a participação feminina na política, 25% para fundação do partido. E o restante estamos pensando em usar o dinheiro para fazer uma campanha contra o próprio fundo partidário", explica Fuentes.

Ele alega que o partido não se carateriza nem como de esquerda nem de direita, apesar de defender teses pregadas por correntes mais ligadas á direita, como a privatização de serviços públicos e menor interferência do Estado na economia. "É difícil você dizer quem é de esquerda e quem é de direita. Muitas vezes um partido se diz de esquerda mas tem posturas altamente conservadoras e faz alianças com políticos tradicionais que apoiaram até a ditadura militar. Por isso, a gente prefere que o eleitor diga se estamos à esquerda ou à direita, sem rótulos", pontua, ao acrescentar que a legenda pretender participar das eleições municipais deste ano e que tem feito seleção para escolha dos candidatos a prefeito e vereador.