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Jovens unidos pela tecnologia

Grupo de São Caetano participa de competição sobre robótica, amizade e responsabilidade social

Caroline Ribeiro
Especial para o Diário
20/03/2016 | 07:05
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Celso Luiz/DGABC


Robôs, trabalho em equipe e responsabilidade social. Esses são os elementos que compõem o First Lego League, campeonato mundial de robótica da Lego. O torneio reúne mais de 3.000 estudantes de 10 a 16 anos de várias partes do mundo e qualquer grupo de crianças ou jovens pode concorrer, sejam alunos de escolas públicas ou particulares, times de garagem, grupos de estudos, amigos, vizinhos ou primos. Não há restrições. Para formar time, basta reunir de duas a dez pessoas que estejam dentro da idade estipulada, além de eleger um adulto para líder.

No Brasil, ocorrem cerca de 20 torneios regionais classificatórios, nos quais 80 equipes de todo o País são selecionadas para a etapa nacional. O último dia da fase brasileira é hoje, em Taguatinga, no Distrito Federal. Os dois times mais bem colocados no fim da avaliação vão representar o Brasil na disputa mundial, na cidade de Saint Louis, nos Estados Unidos. 

Uma das equipes que estão na briga deste domingo é a AC/CD – EG , de São Caetano, formada no Colégio Eduardo Gomes, do bairro Santo Antônio. “Não é a primeira vez que concorremos. A equipe existe desde 2008 e, a cada ano, contamos com uma turma diferente”, explica o técnico Gilmar Correia Jeronimo, 18 anos. O time atual é formado pelos alunos Felipe Minoru, 14 anos, Giovani Razzante, 15, Gabrielle Balestra, 13, Giovana Novi, 14, e Isabela Pizi de Oliveira, 13.

FIRST LEGO LEAGUE

A palavra First, neste caso, não indica que esta seja a ‘primeira’ liga de Lego. É uma abreviação do termo For Inspiration and Recognition of Science and Technology (Para Inspiração e Reconhecimento da Ciência e Tecnologia, em tradução para o Português).

O desafio propõe que os participantes tenham contato com o mundo da ciência e da tecnologia de forma divertida, tendo como ponto de partida o desenvolvimento e a programação de um robô inteiramente constituído por peças Lego. Em um tapete com obstáculos, a máquina deve cumprir série de missões em um tempo de dois minutos e meio. Mas o torneio vai além da robótica e envolve também uma pesquisa científica. A cada temporada, é proposto um tema diferente e as equipes devem, então, analisar problemas regionais relacionados a esse assunto em especial para apresentar uma solução inovadora implantando o resultado no dia a dia. 

Em 2016, a competição tem o lixo como tema. E pensando em responsabilidade social, a equipe de São Caetano encontrou oportunidade de beneficiar uma entidade assistencial da cidade com a coleta e separação de material reciclável. “Nossa ideia é aproveitar o descarte que pode ser reciclado para gerar renda que ajude instituições. Entramos em contato com moradores e condomínios explicando o projeto. Falamos da importância da coleta seletiva e pedimos que separassem esse lixo para doação”, explica Giovana. 

O time do município tem se tornado referência no campeonato. Em 2014, foram campeões da etapa nacional e, no ano passado, garantiram o segundo lugar. A temporada de 2015 marcou o sexto lugar na disputa internacional. 

Giovani conta que o melhor de participar do torneio é a sensação de cooperação entre os times. “A competição preza muito pelos valores fundamentais, como a coletividade e ganho mútuo. Pode ser que seu robô não seja o melhor nem sua pesquisa, mas, se você vai só para ganhar e não vê a competição como um grande encontro entre amigos, com certeza os jurados não te darão chance.” 




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