O prefeito de Mauá, Donisete Braga (PT), pisou no freio sobre a escolha do vereador Alberto Betão Pereira Justino (PTdoB) como seu candidato a vice na eleição de outubro. Ontem à noite, em reunião do diretório do PT mauaense, o petista evitou citar o nome do parlamentar, seu preferido para o posto, e apenas pediu aval da militância para optar por chapa mista.

A postura se dá pela resistência que Donisete enfrentou ao indicar o nome de Betão internamente à cúpula do petismo de Mauá para a dobrada. Além de os correligionários terem alertado que a escolha poderá ser precipitada. Alguns partidos aliados também se mostraram contrários, inicialmente, ao nome do parlamentar.

À militância, Donisete ponderou, sem citar o nome de Betão, que o governo angariou apoio de dez legendas e que é necessária a abertura de espaço na chapa para um dos partidos. Os petistas autorizaram o prefeito a conversar com as siglas e levar a proposta ao crivo do petismo mauaense.

Parte dos militantes concordou com o argumento do governo, mas outra insistiu que o PT de Mauá não pode abrir mão de seguir sendo o único diretório do partido no Grande ABC a sempre optar por chapa pura nos pleitos majoritários.

Caso seja aceito como vice, há a possibilidade de Betão deixar o PTdoB para viabilizar a aliança de Donisete com outras legendas. O prestígio do parlamentar junto à comunidade evangélica, somado ao recall eleitoral do trabalhista – foi candidato a deputado federal – da eleição de 2014 são colocadas na mesa pelo governo para priorizar o nome dele no debate.

“Não discutimos nome (de candidato a vice) porque ainda não temos isso definido. O que ficou certo é que o partido deu autonomia para que Donisete faça essa discussão com os partidos aliados”, ponderou o secretário de Governo, Edílson de Paula (PT), um dos principais articuladores da administração. Além de Betão, o chefe do Executivo tem outros nomes para a vice, como o da vereadora Sandra Vieira (PTdoB).