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São Paulo Football League 
Celso Luiz/DGABC
A sede da AD São Caetano foi palco de noite histórica para o futebol americano brasileiro. Na quinta-feira, dirigentes de oito clubes criaram a São Paulo Football League, com o intuito de organizar e profissionalizar a modalidade no Estado e conceito diferente ao aplicado pela Fefasp (Federação de Futebol Americano de São Paulo). Com planos ambiciosos, divulgaram para maio o primeiro torneio, chamado Super 8, entre 15 de maio e 10 de julho, que será disputado em estádios como Canindé, Vila Belmiro, Anacleto Campanella, Santa Cruz e a final no Pacaembu.
“A nossa intenção é firmar o futebol americano de uma vez por todas em São Paulo. A gente conseguiu um grupo de oito pessoas embuídas em fazer o futebol americano crescer no Estado”, declarou o presidente do Corinthians Streamrollers, Ricardo Trigo. “O que falta é estrutura, estádio adequado com comida, bebida, segurança... As pessoas não querem sair de casa apenas para ver o jogo. Tem de ter atração no intervalo, interação com a torcida. Tem de parar de ser só um joguinho em campo, mas grande evento em estádio”, pontuou o mandatário do Palmeiras Locomotives, Luiz Paulo do Amaral de Macedo.
Com os vínculos a clubes rivais no soccer – além de Timão e Verdão, Santos Tsunami, São Caetano Blue Birds, Ponte Preta Gorilas, Lusa Lions e Botafogo Challengers (apenas o São Paulo Storm, que não tem ligação com o Tricolor, foge à regra) –, os times de futebol americano admitem preocupação com possíveis problemas como briga de torcidas, mas propõem soluções, incluindo diálogo com torcedores organizados.
“A gente tem eles (uniformizados), sim, nos nossos jogos. Mas nossa conversa é que apoiem a equipe de forma familiar, sem a bagunça que é no futebol”, declarou Trigo. “Na NFL (Liga de Futebol Norte-Americana) você vê torcedores de times rivais sentando ao lado um do outro. Temos algumas normas para evitar justamente este problema entre as torcidas”, explicou Macedo.
SEDE NA REGIÃO?
Durante a cerimônia de criação da São Paulo Football League, o presidente da AD São Caetano, Nairo Ferreira de Souza, ofereceu um local dentro do clube para servir de sede à liga. “É um orgulho receber o futebol americano aqui. Tenho certeza que dentro de alguns anos a modalidade vai competir com o futebol de campo”, disse. “E gostaria de ceder um espaço aqui para vocês”, emendou.
São Caetano deverá ter técnico canadense
O Brasil ainda não tem muita tradição no futebol americano. E pensando em trazer experiência, organização, desenvolvimento e conhecimento, o São Caetano Blue Birds anunciou que vai contratar um head coach (técnico principal) canadense para comandar o time do Grande ABC. Além disso, da seletiva com 280 pretendentes, a comissão técnica selecionou 130 – entre eles, o ex-atacante Adhemar – para formar o elenco são-caetanense.
"Estamos com plantel de 130 candidatos a jodadores, e acertando com treinador de origem canadense (assinará contrato amanhã), que vai chegar para dar a direção que o grupo precisa. Vamos tentar nos estruturar o máximo possível para brigar de igual para igual”, declarou o superintendente do Blue Birds, Sérgio Oliveira.
A intenção do time durante o Super 8, primeiro torneio da São Paulo Football League, é mandar ao menos uma partida no Estádio Anacleto Campanella. “Estamos pleiteando um jogo que possamos mandar lá”, disse o responsável pela equipe.
A criação da liga mexeu com os planos do Blue Birds, que até então trabalhava com a intenção de disputar um torneio apenas no segundo semestre ou somente no ano que vem. Entretanto, com o projeto que foi apresentado e no qual o São Caetano foi incluído, os dirigentes decidiram topar o desafio. “Deu uma acelerada nos nossos projetos, mas com essa nova liga temos esperança de profissionalizar o esporte”, concluiu Sérgio Oliveira.
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