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Sem crise

Mesmo com dias difíceis no Brasil, agências investem em intercâmbio e a procura só cresce

Vanessa Soares Oliveira
10/03/2016 | 07:00
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Divulgação


 Ao longo dos últimos anos, passar um período no Exterior – seja para adquirir fluência em um novo idioma, realizar algum curso, ser voluntário em alguma causa nobre ou ir em busca de oportunidade de trabalho – deixou de ser raridade e já faz parte da realidade de inúmeros brasileiros. De acordo com dados da Belta (associação das agências de intercâmbio) em 2003, 34 mil estudantes foram enviados pelas agências de intercâmbio para fora do País. Pouco mais de uma década depois, em 2014 (quando foram divulgados os dados da última pesquisa), esse número saltou para 233 mil. Além disso, a associação estima que o mercado teve um crescimento de 12% de 2014 para 2015. Segundo Maura Leão, presidente da instituição, esse aumento se deve porque o brasileiro percebeu a importância de investir em educação. “Os cursos de idiomas ainda são os mais procurados e isso mostra uma tendência em adquirir fluência principalmente no inglês, aumentando as possibilidades de evolução no mercado de trabalho”, explica.

O perfil dos intercambistas também vem mudando. Antigamente, quem buscava a experiência era visto como aventureiro. De acordo com dados das duas últimas pesquisas da associação, 70% dos intercambistas são estudantes entre 18 e 30 anos em busca de aperfeiçoamento do idioma. Pertencem, em sua maioria, às classes A e B, mas a procura de pessoas da classe C tem aumentado. Os países de língua inglesa são os mais procurados.

Com tamanha diversidade, as agências passaram a oferecer programa variados, independentemente da idade e do período disponível para ficar fora. A Canadá Intercâmbio, por exemplo, possui o programa Golden Age, focado no público acima dos 40 anos. A presidente da agência, Rosa Maria Troes, explica que a procura dessa faixa etária tem sido maior. Além disso, com a desvalorização do real, o Canadá se tornou uma opção para quem não quer abrir mão da viagem, mas não pode arcar com o alto custo de destinos como Estados Unidos e Europa. “No Canadá, o valor do pacote chega a ser cerca de 30% menor do que o dos Estados Unidos. O País possui uma excelente qualidade de vida, ótimas escolas e é lindo”, garante.

Já a CI (Central de de Intercâmbio) tem programas de cursos combinados, nos quais o aluno estuda o idioma em um turno e pratica atividade específica em outro, como francês com gastronomia em Paris, espanhol com artes em Barcelona, inglês e ioga em Miami. Além disso, a empresa oferece destinos um pouco mais exóticos para quem quer fugir do óbvio como curso de japonês no Japão e mandarim na China.




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