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PT perde mais um parlamentar no Grande ABC em ambiente de crise

Vereador de Rio Grande, Cleson ratificou saída e migrou para o PMB

Por Vitória Rocha
Especial para o Diário
07/03/2016 | 07:01
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Marina Brandão/DGABC


Em meio à ampla crise política e ao desgaste do PT em âmbito nacional, o partido perdeu mais um parlamentar no Grande ABC – o vereador de Rio Grande da Serra Cleson Alves de Sousa, que assinou ficha do PMB. A sigla conta, atualmente, com 27 eleitos na região dentre os 142 postos. Em fevereiro, a legenda admitiu que corre risco de diminuir em 30% sua representação, podendo eleger, em outubro, 19 candidatos.

Cleson afirmou que sua saída foi motivada pela impossibilidade de ser pré-candidato à Prefeitura pela sigla. “Não tinha chance de crescimento dentro do partido e acredito que não estavam precisando de mim, então não houve problemas”, explicou, negando que tenha ido para o PMB pelo esfacelamento do PT. “É risco muito grande, o desgaste da legenda é enorme, mas acho que isso não influenciaria na minha vida pública porque as pessoas me conhecem.”

O presidente municipal do PT, Erick de Paula, alegou que o desligamento de Cleson ainda não foi formalizado. “Ele não fez nenhuma documentação, não conversou nem comigo nem com a executiva. Ele simplesmente anunciou no Facebook a sua filiação ao PMB”, relatou. “Ele está trilhando caminho pessoal, natural, até porque o PT definiu que o nosso pré-candidato a prefeito é o Claudinho da Geladeira e não vamos voltar atrás.”

Em 2014, já houve sinais de que a crise se estabelecia quando o PT teve seu desempenho superado pelo PSDB nas eleições e, mesmo derrotado, o senador tucano Aécio Neves ficou à frente da presidente Dilma Rousseff (PT) em cinco dos sete municípios da região.No ano passado, o PT perdeu militantes e parlamentares históricos no Grande ABC: Rogério Santana, vereador de três mandatos em Mauá, deixou a sigla, indo para a Rede. Também houve a saída do único vereador petista de São Caetano, Pio Mielo, justificando desconforto, do ex-prefeito de São Bernardo Mauricio Soares e do ex-vice-prefeito mauaense Márcio Chaves (PSD).

O auge do partido no Grande ABC foi em 2000, quando conseguiu cinco das sete prefeituras – perdeu somente em São Bernardo e São Caetano – e elegeu 33 vereadores dentre os então 135 da região.  




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