Proprietário da empresa quer intervenção do prefeito de Diadema em impasse no campo da Vl.Alice
Sem receber há quase três meses após finalizar cerca de 90% do projeto de instalação de gramado sintético e modernização do campo de futebol de várzea da Vila Alice, em Diadema, a Soccer Grass Assessoria e Empreendimentos Esportivos cobra intervenção do governo do prefeito Lauro Michels (PV) para solucionar impasse. Dos R$ 975 mil prometidos pelo Ministério do Esporte e da gestão Lauro, apenas R$ 410 mil foram repassados à empresa, em processo que se arrasta desde 2014. A obra foi prometida para maio do ano passado.
A praça esportiva, situada na Rua Guaíra, 345, está abandonada, sem iluminação e com alambrado danificado. Moradores reclamam de falta de segurança e atletas amadores contestam a ausência de espaço para práticas esportivas.
“Se tornou verdadeiro drama, que só nos deixa a opção de pedir por ajuda. Falta pouco para acabar o projeto. Se tivéssemos o dinheiro em dez dias, tudo seria finalizado. Agora não temos a verba nem prazo específico. O material está vulnerável e vai se deteriorar sem acabamento”, reclamou o proprietário da Soccer Grass, Alessandro Oliveira.
No mês passado, o Diário revelou que parte dos moradores passou a realizar partidas de futebol mesmo sem o acabamento do projeto, o que foi repreendido pelo dono do gramado. “Essa grama é artificial e precisa da inserção de borracha para dar aderência e preservar. Ocorrendo o uso, sem esse material, acelera a deterioração do restante. Por isso, precisa vir alguma ajuda”, acrescentou o empresário.
RECLAMAÇÃO
Atletas locais e moradores da Vila Alice passaram a realizar nos últimos dias serviços de capinagem nos arredores da praça esportiva. Jogador do Tipoia – um dos times de várzea do bairro –, o instalador de coifa Paulo Henrique dos Santos, 30 anos, revelou descontentamento com o governo Lauro. “Se nada está acontecendo, acho que caberia à Prefeitura nos dar uma satisfação, mas ninguém aparece. O lazer vai se acabando.”
Outro atleta do bairro, Paulo de Alencar Mariano, 44 anos, que é mecânico, revelou a elaboração de protesto simbólico. “Na semana que vem, faremos um bolo e vamos cantar parabéns para comemorar um ano que os serviços foram iniciados”, contou, referindo-se à placa com descrição do projeto, cujo início foi datado em 22 de fevereiro de 2015.
Por nota, o governo Lauro alegou que na semana passada enviou relatório de prestação de contas do projeto à Caixa Econômica Federal – responsável pela transferência da verba – e que ainda aguarda posicionamento da instituição financeira em relação ao dinheiro do convênio.
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