Foi enterrado na manhã desta segunda-feira na Praia Grande, litoral paulista, o corpo da adolescente Jennyffer Sthefane da Silva Ramalho, 16 anos. Ela morreu na última sexta-feira vítima de uma parada cardiorrespiratória, quatro dias após ter passado mal em um estúdio de tatuagem em Osasco, na Grande São Paulo.

De acordo com a Secretaria do Estado da Saúde, embora a família tenha autorizado a doação, nenhum órgão da menina está apto para tal procedimento. O motivo, no entanto, não foi informado.

A polícia investiga se o mal súbito foi causado por uma injeção anestésica aplicada pelo tatuador, ou pelo uso de anabolizantes, conforme suspeita da família da garota.

Na terça-feira, a adolescente procurou Fernando Paulo Corrêa, 34 anos, conhecido como Bruca, para concluir a tatuagem de um dragão. Jennyffer se sentiu mal, foi ao banheiro do estúdio três vezes e desmaiou. O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi ao local e constatou que a jovem sofrera uma parada cardiorrespiratória. Os médicos a reanimaram e a levaram ao Hospital Central de Osasco.

No hospital, a menor apresentou mais duas paradas, que foram revertidas. O superintendente da unidade, Evandro Ruck, contou que ela passou a ser mantida viva respirando com a ajuda de aparelhos e medicamentos. No sábado, o serviço neurológico a submeteu a nova avaliação e constatou anoxia (falta de oxigenação) cerebral grave. Ou seja, morte cerebral.

Segundo Ruck, não havia a presença de lidocaína no corpo da paciente, o que, a princípio, retira a possibilidade de ela ter sido anestesiada.